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Palmeiras barateia ingressos, mas torcida não comparece e arrecadação cai
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Uma das principais novidades de Leila Pereira ao assumir a presidência do Palmeiras foi a promessa de diminuir o preço dos ingressos e criar uma camisa com preços populares. Ela cumpriu a primeira parte, mas não viu a sua torcida reagir e sofre com a queda na arrecadação de bilheteria na comparação com os últimos anos.
Nos três primeiros jogos do Estadual de 2022 disputados no Allianz Parque, o Alviverde vendeu 60.974 ingressos para os jogos contra Ponte Preta, Água Santa e Santo André. No total, a arrecadação bruta foi de R$ 2,7 milhões, para um ticket médio de praticamente R$ 44.
É o menor preço cobrado para assistir ao Palmeiras em um Estadual nos últimos anos segundo os dados exibidos pelos boletins financeiros da Federação Paulista de Futebol, mas a mudança não surtiu o efeito esperado. Pelo contrário. Apesar da "promoção", a torcida comparece em menor peso, o que gera uma queda na arrecadação.
O campeonato de 2020 teve seu início normalmente até ser paralisado por conta da pandemia e, posteriormente, ser retomado com portões fechados. Nas três primeiras rodadas no Allianz, no entanto, o público estava liberado. Naquele ano, contra Mirassol, Guarani e Ferroviária, foram vendidos 73.091 ingressos com o ticket médio de quase R$ 58, o que significou uma renda bruta de quase R$ 4,3 milhões.
Ou seja, mesmo com o ingresso R$ 14 mais caro na média, o Palmeiras recebia mais gente nas arquibancadas em 2020. A diferença é de mais de 12 mil pessoas. E isso, claro, também impacta em uma arrecadação inferior em mais de R$ 1,5 milhão considerando apenas as três partidas.
Para mais uma comparação, em 2019, a distância é menor, mas ainda é considerável. O custo médio por ingresso foi de mais de R$ 52 para 67431 ingressos vendidos para os duelos contra Botafogo, Bragantino e Ituano, o que gerou uma arrecadação bruta superior aos R$ 3,5 milhões.
O levantamento não considerou 2021 por conta das restrições do auge da pandemia e ainda deixou de lado os clássicos realizados nos anos anteriores para a comparação com a atual temporada ser mais justa, uma vez que o Allianz ainda não recebeu partidas deste porte em 2022. Internamente, há quem considere que a pandemia ainda afeta a vontade do torcedor de ir ao estádio e que, por isso, o objetivo ainda não foi alcançado.
O resultado mostra que o desafio de precificação de ingressos no Brasil ainda é muito grande para os clubes, especialmente aqueles que têm arena com um custo operacional muito alto. Diminuir o valor das entradas não é garantia da presença de público e, muito menos, de aumento na arrecadação.
As arquibancadas nos três primeiros jogos de cada ano
Em 2022: 60.794 pessoas, com ticket médio de R$ 44 e renda bruta de R$ 2.700.585
Em 2020: 73.091 pessoas, com ticket médio de R$ 57,82 e renda bruta de R$ 4.225.996,68
Em 2019: 67.431 pessoas, com ticket médio de R$ 52,41 e renda bruta de R$ 3.533.999,60
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