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Atlético-GO pensa em virar SAF e tem sequência para enfrentar seu futuro
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O Atlético Goianiense está de olho em ser o próximo clube do Brasil a virar Sociedade Anônima do Futebol, a famosa SAF. O clube já recusou propostas recentemente, mas já tem até advogado trabalhando para viabilizar a mudança. Curiosamente, a equipe enfrenta agora uma sequência para analisar o que poderá ser o seu futuro.
A equipe goiana vai para sua terceira temporada consecutiva na Série A e já realiza, ao longo dos últimos anos, um trabalho de consolidação em cenário nacional. Agora, as próximas três partidas serão contra times que já estão no modelo que virou mania por aqui: domingo, pelo Brasileiro, contra o Red Bull Bragantino; quinta, pela Sul-Americana, diante do Cuiabá, e na sequência o Botafogo, pela competição nacional.
De acordo com o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo e responsável por analisar e negociar com investidores para o Atlético-GO, o clube rubro-negro vem se preparando há anos para uma transição e, assim que estiver pronto, deve se tornar um grande atrativo por conta de sua saúde financeira, do bom momento esportivo e pela administração estável:
"Sob coordenação do presidente executivo Adson Batista, estamos planejando essa transformação desde 2019. É um caminho sem volta, então exige dedicação, muito estudo e um processo cauteloso. Já tivemos investidores interessados no clube, chegaram algumas propostas, mas ainda não estão no patamar que a administração do Atlético-GO traçou. Com todo o sucesso esportivo que o clube vem tendo nos últimos anos, consolidado na Série A e disputando competições internacionais, e com as finanças saudáveis, registrando lucro nas últimas 5 temporadas, o interesse sob o Atlético deve aumenta", explicou Carlezzo.
Apesar disso, Carlezzo afirma que o Atlético-GO não deve registrar sua SAF enquanto não houver um acordo alinhavado com um investidor. O presidente do Dragão, Adson Batista, confirma: "Meu pensamento ainda é conservador (sobre isso). Quero ver o que já está acontecendo e analisar, ver se realmente vai engrandecer o nosso futebol. É claro que se for algo positivo, moderno, pode ser uma solução. Mas, neste momento, não temos pressa. O Atlético está saneado, esportivamente estamos dentro do planejamento, não precisamos de desespero".
Rival local do Dragão, o Goiás é outro clube que se prepara para um possível investidor. Internamente já é discutido entre conselheiros e membros diretivos a reforma estatutária do clube esmeraldino, pensando em permitir a formação de uma SAF assim que necessária. Assim como o Coritiba, o Verdão goiano é outro clube que retornou à Série A na atual temporada, mas tem tido muita dificuldade para se garantir entre os 20 principais times do país.
O presidente esmeraldino, Paulo Rogério Pinheiro, revela que o clube se prepara prioritariamente para um investidor minoritário, que esteja interessado em adquirir percentuais de participação no futebol do clube. No América-MG o pensamento é parecido. Os mineiros já aprovaram o registro de sua SAF e estão no mercado desde janeiro atrás de um investidor, porém, não de um dono. Existem conversas em andamento, mas a diretoria americana não estipulou um prazo limite para confirmar a transformação definitiva em SAF.
Eduardo Carlezzo corrobora com a movimentação dos clubes emergentes em se prepararem para o mercado e para os investidores. "É um movimento natural. Com a venda de Cruzeiro, Vasco e Botafogo, que eram os três grandes que publicamente buscavam investidores, o olhar do mercado agora deve pairar sobre os demais clubes, sobretudo os emergentes. É uma demanda que os investidores logo perceberão com bastante interesse".
Diante disso, clubes que tiverem suas situações estatutárias e políticas bem resolvidas, na visão de Carlezzo, tendem a obter vantagem diante dos demais. "Clubes que já estiverem preparados para abrir negociações, caso do Atlético-GO, por exemplo, serão os grandes atrativos do mercado", finaliza.
Com sua SAF já aprovada em conselho deliberativo, o Coxa entrou com pedido de recuperação judicial afim de renegociar suas dívidas (que se aproximam dos 115 milhões de reais) e seguir a transição para clube-empresa. Para isso, deve contar com o apoio da XP investimentos, empresa que auxiliou equipes como Botafogo e Cruzeiro na captação de investidores.
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