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Conversas não avançam, e reunião da Liga de clubes na CBF vira dúvida
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Depois de praticamente uma semana de conversas, ainda não há um consenso para a formação da nova liga de clubes no Brasil. Após a reunião na última terça-feira em São Paulo, os times chegaram a estabelecer o próximo dia 12 para um novo encontro, desta vez na sede da CBF, mas essa agenda pode não ser cumprida.
Isso porque não houve avanço nas discussões e o racha continua. De um lado, estão os fundadores da Libra, que são Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Red Bull Bragantino, além de Cruzeiro e Ponte Preta que assinaram o movimento na última terça. Eles trabalham em cima do estatuto do grupo desde a semana passada, refinando o modelo e discutindo pontos que ainda podem melhorar.
Do outro lado, estão os outros 14 times da Série A e alguns outros da segunda divisão. Eles não gostam do formato de divisão financeira proposto pelo chamado Clube dos 6, questionam até mesmo o peso em decisões políticas do grupo e ameaçam não ir à CBF para o encontro do dia 12 se os fundadores não cederem.
Eles já soltaram comunicado na semana passada afirmando que entendem que a Liga é uma necessidade, mas que o modelo financeiro apresentado precisa de melhoras e que o objetivo final do grupo deve ser melhorar o futebol brasileiro diminuindo as diferenças entre o que ganha mais e o que ganha menos. O Athletico, até aqui, é o que tem a postura mais radical.
A postura dos que já aderiram à Libra é de aguardar o debate. No entendimento deles, é possível que todos os outros clubes assinem o movimento e discutam, já em um ambiente de Liga, as mudanças no estatuto. O modelo enviado aos times, inclusive, conta com a premissa que as questões financeiras podem ser alteradas. Além disso, para que as regras sejam aprovadas é necessária unanimidade.
Ou seja, se um time não concorda com o modelo 40-30-30 de divisão de receitas, ele poderia entrar no grupo para participar ativamente da mudança. Basta um voto contrário que o estatuto não é oficializado.
O único consenso entre os times brasileiros até aqui é que a Liga é uma necessidade. Alguns são mais otimistas e apontam que a discussão será longa, mas resultará em um acordo para que o Brasileirão seja organizado por eles a partir de 2025. Já há outros pessimistas que entendem que não haverá acordo porque os times mais ricos e populares não querem ceder tanto quanto os menores gostariam. Na visão do outro lado do muro, os mais poderosos entendem que merecem uma recompensa melhor por serem mais importantes para o produto.
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