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Sem Marta, Copa América Feminina começa para ser a maior da história
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A Copa América Feminina começa hoje (8) com o objetivo de ser a maior da história da modalidade no continente. Pela primeira vez, a competição terá prêmio em dinheiro para a campeã, música tema e um patrocinador. E tudo isso sem a grande referência do momento: Marta.
Eleita seis vezes a melhor do mundo, a jogadora se recupera de uma lesão no joelho, a primeira na sua carreira, e não poderá defender o Brasil, que estreia amanhã (9) contra a Argentina. Esse é um dos desafios da competição para conseguir repercutir da forma que a organização espera. Com transmissão para mais de 140 países, o torneio dá duas vagas para as Olimpíadas de Paris, em 2024, e três para a Copa do Mundo de 2023. No Brasil, os jogos estarão no Sportv e no SBT.
Primeiro patrocinador da história da competição, a Mastercard aposta que a ausência de Marta será superada pela qualidade das demais jogadoras e por toda a mobilização feita para os jogos que serão disputados na Colômbia, nas cidades de Cali e Armênia. É o que diz o vice-presidente sênior de Marketing e Comunicação para América Latina e Caribe da empresa, Roberto Ramirez, em entrevista exclusiva ao blog.
"No final, não contar com a melhor jogadora do mundo, e eu digo isso considerando homens e mulheres, até por estatísticas e tudo o que ela já alcançou, é sempre uma pena. Mas o torneio é maior do que só uma jogadora. E cada jogadora vai contribuir para a relevância do torneio", explicou.
"É diferente (de apoiar o futebol de homens), porque o desafio é gerar a consciência no esporte feminino. O certo é que todos tenham as mesmas oportunidades e precisamos educar o público para isso. Ainda há surpresa com essa competição, muita gente nem sabe que existe a Copa América Feminina e é isso que precisamos ensinar aos nossos consumidores", completou.
Ramirez condenou o pensamento de muitas empresas que não apoiam o futebol feminino por falta de retorno financeiro e por falta de visibilidade para a marca. "Eu acho que esse é o caminho errado. É uma decisão equivocada pensar que vai ter um retorno imediato. Essa é uma estratégia a longo prazo. É um bem maior. A Mastercard já é conhecida, mas a gente quer agregar valor à marca e dar consciência de que igualdade que é muito importante", ponderou.
A seleção campeã do torneio vai ganhar US$ 1,5 milhão, o que na cotação de hoje significa cerca de R$ 8 milhões. Mesmo que esteja sem Marta, o Brasil é o favorito. Em oito edições anteriores, o país conquistou o troféu sete vezes.
Os jogos de estreia serão disputados hoje entre Bolívia e Equador e depois entre Colômbia e Paraguai. Os dois duelos serão disputados no mesmo estádio, com a expectativa dos organizadores de um jogo mais "limpo" do que é o praticado no masculino, também no que se refere a atitudes extracampo, como nos vários casos de racismo que foram registrados recentemente na Libertadores.
"Isso é algo que não deveria existir. O futebol nos dá oportunidade que todo mundo jogue sem importar a raça e sexo. Estou gostando das medidas que as federações estão tomando para controlar essas coisas, para punir esses casos, pois alguns casos de poucas pessoas mancham o grande fanatismo que existe no futebol", iniciou.
"Por sorte, o que tenho encontrado é que os problemas do futebol masculino não existem no feminino. É um jogo sem tantas simulações, sem tanto drama, acho que é um futebol que se joga de forma mais correta, mais direita. E tenho certeza que os fãs também seguirão nessa linha", finalizou.
AGENDA DA COPA AMÉRICA
HOJE - 08/07
Bolívia x Equador - 18h
Colômbia x Paraguai - 21h
AMANHÃ - 09/07
Uruguai x Venezuela - 18h
Brasil x Argentina - 21h
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