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Palmeiras entra em conflito com a Puma e já abre conversas com a Adidas
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O Palmeiras está em rota de colisão com a Puma e já abriu conversas com a Adidas para uma possível troca de parceiros, segundo apurou o blog. Apesar de ter contrato com a fornecedora até 2024, o clube pensa se é válido tentar a rescisão contratual, inclusive pagando uma multa apesar das dificuldades financeiras do momento, ou se o caminho mais viável é terminar o vínculo atual.
O departamento de marketing do Alviverde já enviou um documento para o seu atual parceiro para formalizar algumas reclamações como distribuição de uniformes e algumas outras burocracias internas, como a presença de um funcionário no dia a dia do clube.
A crise se agravou após a entrada de Leila Pereira no comando do clube e a reformulação promovida por ela no setor. Até então, a Puma era muito elogiada internamente e externamente, inclusive recebendo prêmios do mundo da publicidade e batendo recordes de venda no país. Vale lembrar que a empresa se dispôs a fornecer exclusividade em todo continente ao time de Palestra Itália para viabilizar o negócio.
Em meio à crise, inclusive, a presidente palmeirense teve um primeiro encontro com um diretor do alto escalão da Adidas no Brasil ainda no primeiro semestre e mantém contato desde então. Vale lembrar que a Adidas era a parceria do clube antes da entrada da Puma.
O caso virou motivo de discussão entre os escritórios globais das duas empresas alemãs. Há um "acordo de cavalheiros" entre eles para que uma marca não atravesse os contratos da outra. Na resposta, a Adidas informou à Puma que os contatos começaram por iniciativa do Palmeiras.
Por meio da assessoria, Leila Pereira negou de forma veemente que tenha feito esse contato. O blog, no entanto, mantém a apuração e reitera que soube de toda essa movimentação por fontes das três partes envolvidas. A Adidas preferiu não comentar o caso. A Puma não respondeu até a publicação deste texto.
Marketing do Palmeiras vira alvo de críticas
O departamento de marketing do Palmeiras sofre com críticas internas e externas desde a entrada de Leila Pereira. Ela promoveu demissões de vários profissionais, tirou o então diretor do setor, Roberto Trinas, e deixou a área sem nenhum chefe remunerado.
Em tese, quem tem o cargo mais alto do marketing é Everaldo Coelho, que é ex-bancário e é o diretor estatutário, sem remuneração para isso e sem a obrigação de se dedicar exclusivamente ao setor, como funcionava na gestão passada com Maurício Galiotte, que tinha sempre um diretor com formação específica para cada setor estratégico. Abaixo de Everaldo, está Eduardo Silva, que já fazia parte do setor no passado, mas ganhou novas obrigações após a entrada de Leila e é superintendente.
Nenhum dos dois tem formação técnica com o marketing, apesar de Eduardo já trabalhar no departamento há muitos anos, inclusive quando a Adidas era fornecedora do Palmeiras antes da entrada da Puma. Eles são alvos de reclamações de conselheiros, diretores e também do mercado. A condução dos negócios na mão dos dois recebe críticas de todos os lados, mas ambos são protegidos por Leila Pereira. O Palmeiras também foi consultado sobre essa situação, mas preferiu não se manifestar.
O blog ouviu reclamações de empresas que já têm algum tipo de parceria e até de outras que tentaram estabelecer algum tipo de vínculo com o Alviverde. A crítica é feita na direção do conhecimento técnico dos dois que comandam o marketing e também no fato de Leila Pereira centralizar todas as decisões.
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