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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Corinthians aumenta público mesmo com ingressos mais caros; Fla tem queda

Torcida do Corinthians faz festa em treino aberto na Neo Química Arena - Reprodução/SCCP
Torcida do Corinthians faz festa em treino aberto na Neo Química Arena Imagem: Reprodução/SCCP

Colunista do UOL

20/08/2022 12h06

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Uma das alternativas dos times de futebol para pagar a alta folha salarial e o custo de contratações é aumentar o preço do ingresso. Foi isso o que o Corinthians e Flamengo fizeram em 2022. A estratégia teve sucesso para a equipe paulista, mas não teve o mesmo reflexo para o Flamengo no Brasileirão.

Um levantamento do Além das 4 Linhas BR mostra que o time de São Paulo conseguiu arrecadar mais dinheiro e não teve queda na taxa de ocupação na comparação com o Nacional de 2019, o último em que a pandemia não afetou a presença de público.

Com as mesmas 22 rodadas disputadas em 2019, o Corinthians teve 433 mil pessoas em 12 jogos com mandante, com um ticket médio de R$ 53,16, o que significou uma arrecadação bruta de R$ 23 milhões. A taxa de ocupação da Neo Química Arena foi de 80% nesse período.

Agora, em 2022, com um jogo a menos em seus domínios, a equipe de Parque São Jorge tem uma taxa de ocupação de 87%, mesmo com o aumento do ticket médio para R$ 68,90, o que significa um aumento de cerca de 30%. Isso significa que a arrecadação bruta também subiu para quase R$ 30 milhões. Resta saber se mesmo com a queda de desempenho em campo o torcedor continuará disposto a tirar mais dinheiro do bolso.

O Flamengo adotou a mesma estratégia de subir o preço dos ingressos. Na comparação entre 2019 e 2022, o ticket médio rubro-negro subiu de R$ 41,95 para R$ 49,98, um aumento de 19%. Neste caso, no entanto, a taxa de ocupação caiu de 77% para 72%.

Apesar de ter recebido menos gente, a arrecadação bruta subiu de R$ 24,4 milhões para R$ 26,7 milhões, com a arrecadação líquida saindo de R$ 11 milhões para R$ 12 milhões. Em 11 jogos como mandante, a temporada de 2019 registrou 581 mil pessoas, contra 578 mil desta temporada.

Em 2019, o Flamengo brigava pelo título e vivia o fenômeno Jorge Jesus, enquanto nesta temporada a equipe tenta uma arrancada heroica após a chegada de Dorival Jr. Com a tendência de alta no Brasileirão, os números devem melhorar, mas resta saber se a diretoria vai manter a mesma política de preços.

Por fim, o estudo ainda mostra que o Palmeiras praticamente não mexeu no preço do ingresso entre 2019 e 2022 e teve um aumento na arrecadação e na sua taxa de ocupação, provavelmente pelo time estar há muito tempo na liderança do Brasileiro na atual temporada.

O ticket médio passou de R$ 57,37 para R$ 57,91, com a ocupação subindo de 74% para 82%. Isso resultou em um aumento de público de 348 mil para 384 mil, com uma renda bruta de R$ 20 milhões para R$ 21,60 milhões. Como não paga aluguel de estádio, o Palmeiras tem mais receita líquida proporcionalmente ao Flamengo, ficando com R$ 12,7 milhões na temporada de 2019 e R$ 16,4 milhões na atual.

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