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Abel não merecia o amarelo, mas não precisava ser deselegante com repórter
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Depois da vitória de ontem (3) contra o Botafogo e chegar ainda mais perto do título, Abel Ferreira surpreendeu a todos com uma patada na coletiva de imprensa no Nilton Santos. Há duas explicações levantadas por pessoas próximas ao treinador e membros da delegação palmeirense que foram passadas ao blog: ou ele não entendeu a pergunta ou estava de cabeça quente por ter tomado mais um cartão amarelo - desta vez, injusto
Em nenhum dos casos, há um motivo razoável para que o técnico fizesse o que fez. O questionamento, na verdade, era um elogio à frieza do time conseguir repetir com 10 jogadores em campo o mesmo desempenho como se tivesse com 11 mais uma vez na temporada. A resposta de Abel foi "por isso que eu sou treinador e vocês são jornalistas". Sobra a ele qualidade para treinar um time, mas faltou ao comandante um pouco de interpretação no texto, algo tão importante não só no jornalismo.
Sem corporativismo: Abel Ferreira já recebeu perguntas muito ruins e que até mereciam uma resposta atravessada, mas não era o caso de ontem. Ainda que ele estivesse nervoso pelo amarelo, o repórter que saiu de casa para trabalhar também não tem nada a ver com a situação e não precisa ser usado como sparring do português para aliviar o nervosismo. Também não há nenhum histórico de problema entre o jornalista e o técnico.
É verdade que ontem (3) o árbitro Wilton Pereira Sampaio exagerou ao advertir Abel Ferreira, que fazia um questionamento sobre um lance de forma educada. Bem mais educada do que o próprio técnico foi na coletiva, inclusive. O técnico Luis Castro, por exemplo, reclamou o jogo inteiro e se exaltou bem mais contra a arbitragem, assim como seus jogadores e torcedores. E na única vez em que foi até a área técnica do botafoguense, o juiz conversou educadamente e pediu calma.
Claro que Abel já passou dos limites muitas vezes e, não à toa, é recordista de cartões ao lado dos integrantes de sua comissão. Mas, especificamente ontem (3), o português não deu motivos para ser advertido e não merecia ficar fora do jogo contra o Coritiba. Não dá para que ele seja punido todas as vezes que tentar abrir diálogo com o árbitro por conta do seu passado não tão distante.
Não que o episódio mereça punição ou exija uma retratação imediata por parte do comandante. Nada disso faz dele um colonizador. Um pedido de desculpas até cairia bem. Mas o mais importante é que Abel entenda que esse tipo de reação não faz bem para ninguém.
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