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Em trio elétrico do Fla, Gabigol mostra motivo de estar fora da seleção
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Gabigol não pensou duas vezes em acompanhar a torcida do Flamengo que xingava Tite durante a comemoração dos títulos da Libertadores e da Copa do Brasil neste domingo (13). Em um trio elétrico no Rio de Janeiro, o atacante mostrou a falta de maturidade que foi um dos grandes motivos que não permitiram que ele se encaixasse no grupo da seleção brasileira.
"Ô Tite, vai se f***, o Gabigol não precisa de você" era o grito da massa que foi acompanhado por ele seguido de uma tentativa de média com os rubro-negros: "É verdade, eu já jogo em uma seleção c*****". Um dos maiores jogadores da história do time de maior torcida do país, craque dentro de campo, super decisivo em finais... Mas que não sabe ser contrariado.
Desde que começou a ser convocado para vestir a Amarelinha, ainda na base, a falta de espírito de grupo de Gabriel Barbosa sempre foi um dos problemas. Passando pela seleção dos menores, quando o técnico era Alexandre Gallo, até nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, quando o comandante era Rogério Micale, passando até pela profissional, já com Tite e sua comissão atual. No atual ciclo com o gaúcho no comando, onde as comunicações entre profissional e base sempre foram intensas, essa questão sempre esteve em pauta.
Seja na hora de ser substituído ou na hora de ser criticado por não fazer o que o técnico esperava, Gabigol sempre teve problemas ao ser contrariado. Ainda que seja dentro de campo um craque decisivo, com gols importantíssimos na carreira, ele nunca lidou muito bem caso não fosse a grande estrela de um time. Se ele não tem seus desejos atendidos, sua reação normalmente é muito ruim. Foi assim também na Inter de Milão e é assim até hoje, até mesmo na relação com árbitros com cartões e mais cartões por reclamações infantis e desproporcionais.
Gabigol teve mais um ótimo ano no Flamengo e deixa bem claro que é um dos principais jogadores da América do Sul. Mas ele se esquece que bateu na Europa e voltou e que teve muitas chances na seleção e não correspondeu. Ele chegou até a bater o recorde de minutos vestindo a Amarelinha, mas sempre ficou longe das expectativas.
Tite tem vários critérios para formar seu grupo. Um deles é o comprometimento com o time no geral e não com os próprios objetivos. O técnico preza muito pela relação dos atletas dentro de uma concentração e gosta dos que colocam o objetivo do grupo em primeiro lugar. O histórico de Gabigol na seleção é praticamente o oposto desse, mesmo com todas as taças erguidas por ele nos clubes.
Claro que deve ser muito duro para um atleta ficar de fora de uma Copa, mas jogadores que estiveram muito mais perto da vaga como Matheus Cunha e Roberto Firmino também enfrentaram essa frustração e não xingaram o treinador. É respeito pelo próprio Tite, que pode voltar a trabalhar com Gabigol no futuro, e também com os que foram chamados para estar no Qatar no seu lugar.
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