Palmeiras: Histórico de crias e mercado fazem venda de Danilo ser tendência

Com propostas do Monaco, da França, e Nottingham Forest, da Inglaterra, o Palmeiras trata a venda de Danilo como tendência. Com cerca de 20 milhões de euros na mesa, o que significa mais de R$ 112 milhões na cotação atual, o clube enfrenta um verdadeiro dilema gerado pelo histórico de suas revelações.

A questão é até quanto vale apostar que o jogador vai crescer e poderá receber propostas melhores no mercado depois de ter sido convocado para a seleção brasileira e ter entrado no radar de equipes como o Arsenal e o Benfica.

O comportamento normal do mercado é diminuir o valor daqui para frente, uma vez que as equipes europeias preferem comprar atletas mais jovens, como nos casos de Endrick, Vinicius Júnior e Reinier. Danilo completará 22 anos em abril e suas últimas boas propostas já foram de times do segundo escalão da Europa. Além da análise individual, o histórico recente com outros garotos faz o Palmeiras tratar a venda como tendência.

Relacionadas

Palmeiras está certo em não gastar; errado é o Corinthians ao falar em CR7

Palmeiras: Ausência de Scarpa será mais sentida fora do que dentro de campo

As chamadas Crias da Academia despertaram o interesse de vários clubes no mercado da bola recentemente, mas não tiveram a saída facilitada. O objetivo do Alviverde era que nomes como Wesley, Veron e Patrick de Paula conseguissem se destacar com mais regularidade nos profissionais antes de sair para a Europa.

Com isso, dois objetivos estavam na reta: ganhos esportivos, ou seja, que o time tivesse mais capacidade de ser campeão, além de propostas maiores do que as sondagens que chegaram às mãos da diretoria.

No final, o clube até conseguiu os títulos que almejava, mas a valorização tão esperada não veio. Os atletas, no entanto, não desempenharam como o esperado e foram negociados bem abaixo do que um dia foi colocado como meta.

Wesley é o caso mais recente. O atacante foi vendido por 3 milhões de euros para o Cruzeiro depois de o clube já ter recusado sondagens que chegaram na casa dos 8 milhões de euros em agosto de 2021. Naquela época, o objetivo colocado era de uma venda de 10 milhões de euros.

Veron foi outra novela que ficou bem marcada e gerou revolta em parte da torcida. O atacante chegou a ser eleito o melhor sub-17 do mundo, teve multa estipulada em 60 milhões de euros e propostas recusadas que ultrapassavam a casa de 15 milhões de euros. No fim, a venda ao Porto foi por 10 milhões de euros.

Patrick de Paula já teve proposta de 10 milhões de euros do Benfica e acabou vendido por 6 milhões de euros para o Botafogo. O Palmeiras ainda tem 50% dos direitos econômicos, mas, depois da última temporada do jogador no Rio de Janeiro, deve ter dificuldades para fazer uma boa venda.

Até mesmo o caso de Renan é lembrado. O zagueiro despontou como uma das grandes apostas de Abel Ferreira, mostrou polivalência ao jogar também como lateral e fez a diretoria recusar sondagens de 3 milhões de euros do futebol português. O objetivo em 2021 era ganhar 6 milhões de euros. Depois do acidente que terminou com morte, o atleta teve seu contrato rescindindo.

O Palmeiras já recusou 12 milhões de euros por Giovanni, que se destacou na base e vai receber mais chances em 2023 entre os profissionais. Esse caso também tem como objetivo o ganho esportivo, para que o jovem ajude o time a conquistar títulos, além de eventualmente aumentar o lucro em venda futura.

Siga também as opiniões de Danilo Lavieri no Twitter, no Instagram e no TikTok