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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Leila abre caminho para paz com Nobre e detalha rompimento com Mancha Verde

Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras, e Leila Pereira, atual mandatária do clube - Cesar Greco/Ag Palmeiras
Paulo Nobre, ex-presidente do Palmeiras, e Leila Pereira, atual mandatária do clube Imagem: Cesar Greco/Ag Palmeiras

Colunista do UOL

04/02/2023 12h00

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Na trajetória que teve no Palmeiras até chegar à presidência, Leila Pereira também coleciona rivais e inimigos. Dois dos mais famosos são o ex-presidente Paulo Nobre e também a torcida organizada Mancha Verde. Ambos são antigos aliados e que hoje estão do lado oposto da trincheira.

Em entrevista ao blog, a dirigente abriu as portas para conversar com o empresário e explicou o motivo de ter rompido com o grupo de torcedores que antes recebiam incentivos para caravanas e também para o desfile de carnaval.

O UOL já publicou outras três partes da entrevista com Leila Pereira (sobre a compra do avião, a relação com Abel Ferreira e a reação ao apelido de blogueirinha) e ainda reserva mais dois trechos para amanhã (4).

Confira a quarta parte da entrevista

Danilo Lavieri: Você acha que é um dia possível reconciliar com Paulo Nobre?
Leila Pereira:
Olha, eu estou à disposição. Eu sou a Leila paz e amor (faz símbolo da paz com os dedos). Eu quero o melhor para o Palmeiras. Eu converso com qualquer pessoa. Não briguei com ninguém. As pessoas que brigam comigo. Se brigam comigo eu me defendo. E com relação ao Paulo, a gente nunca teve amizade. Nos conhecemos quando eu ofereci o patrocínio e fui ali. Por coincidência era ele, mas iria em qualquer presidente. Foi pelo Palmeiras, não por ele. E aí aconteceram todas as coisas que vocês sabem e que nos afastaram, mas converso com qualquer pessoa.

Com Paulo Serdan e líderes da Mancha Verde você voltaria a conversar?
Leila Pereira:
Eu sempre tive uma proximidade com o Serdan, ele sabe disso. Eu era patrocinadora da escola de samba, a Mancha Verde também já sabe que eu sempre ajudei as caravanas. Todos os jogos fora de casa, vários ônibus iam com a minha colaboração para que o torcedor fosse presente. Em todas as festas de campanha, sempre convidei membros da organizada. Eu sempre quis deixar claro que nunca tive preconceito com nada, sabe? Todo torcedor tem que ser respeitado. Eu sempre tratei com o mais profundo respeito. E aí? Aconteceram esses problemas depois que fui eleita presidente. Eles quiseram determinar como eu deveria conduzir e isso eu não admito. Eu fui eleita pelo associado para ser a presidente. Quem quiser tomar as decisões que se candidate e possa ter a caneta para decidir. Eu vou decidir da melhor forma para o Palmeiras.

Mas o que aconteceu para o rompimento?
Leila Pereira:
Quando começou a pressão, eu chamei ele aqui nessa sala da Crefisa, conversei com Serdan, com o Jorge (presidente da Mancha), e pedi por favor para eles pararem, que tinha começado meu mandato ali. E aí começaram os textos nas redes sociais, achei desrespeitoso. Eles sabem que eu sempre tratei com muito respeito. Nunca na história do Palmeiras estiveram tão representados como na minha posse. Estavam lá o Paulo Serdan, o Reginaldo Pereira, uns quatro cinco da organizada na minha posse porque eu convidei. Eu sempre os tratei com respeito e a recíproca não foi verdadeira. Por quê? Não sei. Mas aí cancelei o patrocínio da Escola, cancelei a ajuda para caravanas. E aí eles lançaram essa conversa que a organizada não é vendida. Eu nunca comprei ninguém. Que é isso? Tem tanta coisa boa para a gente comprar. Minha relação nunca foi essa. Sempre quis aproximar o torcedor organizado do clube, mas hoje eu vejo, como presidente, que eu estava errada. Sempre me perguntava o motivo de outros presidentes estarem distantes da organizada e hoje eu entendo.

Você pediu para que candidatos ao conselho ligados à Mancha Verde saíssem pela chapa da oposição?
Leila Pereira:
Não.

Nota da redação: Apesar da negativa de Leila Pereira, o blog soube que houve, sim, movimentação política para que membros da organizada lançassem a sua candidatura na chapa da oposição.

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