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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Presidente do Sport completa 500 dias e faz estudos para acelerar SAF

Yuri Romão, presidente do Sport - Divulgação/Sport
Yuri Romão, presidente do Sport Imagem: Divulgação/Sport

Colunista do UOL

22/02/2023 12h35

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O presidente Yuri Romão completa 500 dias de gestão no Sport nesta semana fazendo um balanço positivo do atual momento. Segundo ele, as prioridades para este ano são três: a reforma da Ilha do Retiro, o início do processo de transformação em SAF e a modernização do Estatuto.

O mandatário foi eleito em dezembro de 2022 para mais dois anos de mandato, até dezembro de 2024, obtendo 96,5% do Conselho. No entanto, ele assumiu o cargo em outubro de 2021, assumindo o posto após o então presidente, Leonardo Lopes, pedir licença do cargo.

"Nesses 500 dias, conseguimos pacificar o clube do ponto de vista político, e isso é algo importante em qualquer sociedade. Também devemos mencionar a reestruturação administrativa e financeira que fizemos neste período, quando conseguimos ter um equilíbrio para o dia a dia, apesar de ainda haver pendências com alguns passivos".

"Nós temos alguns temas importantes a serem tratados para este ano ou para este mandato. A primeira delas é sem dúvida a reforma do nosso estádio, pois além de trazer conforto e segurança ao nosso torcedor, pode proporcionar novas fontes de receitas. A segunda é justamente a questão da transformação em SAF. E a terceira é levar a pauta de mudanças ao nosso Conselho para que possamos incluir itens que envolvam inclusão social, homofobia e racismo", explica.

Na Ilha do Retiro, o clube tem feito a reforma de todas as cadeiras no setor de numerada, numa obra estimada de R$ 5,5 milhões, além de melhorias na estrutura que dá acesso ao estádio. Em tecnologia, o clube também fechou com a empresa Imply, considerada uma das principais empresas em acessos, ticketing e autoatendimento em arenas, para a implementação do sistema de biometria. Uma das referências do presidente Yuri Romão é justamente o serviço apresentado pelo Allianz Parque, do Palmeiras.

"Passei um dia no Allianz Parque conhecendo toda a estrutura de funcionários, marketing e comercial. Estamos buscando conhecimento e as melhores referências, pois consideramos que a Ilha do Retiro está em uma área muito importante de Recife, e acho podemos fazer algo semelhante aqui. Temos que aprender com quem faz certo, esse é o pensamento que tenho", afirma.

Nesta semana, o Sport promoveu um encontro junto ao Conselho Deliberativo para esclarecimentos e dúvidas mais profundas do que pretende implementar sobre a constituição da lei da SAF. Essa foi a primeira vez que esse tipo de debate aconteceu junto aos conselheiros do clube.

A apresentação contou com a palestra de Rodolfo Riechert, CEO da Genial Investimentos, plataforma de serviços financeiros que tem como meta mostrar a visão do investidor sobre as SAFs, e do advogado especialista em direito desportivo Rodrigo Monteiro de Castro, coidealizador da Lei da SAF, de autoria do Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.

"Eu entendo que um clube do Nordeste só vai conseguir nivelar a competitividade ao lado de um investidor. E esse encontro é uma preocupação que temos de levar transparência para o nosso Conselho. O objetivo foi de fornecer informações sobre a lei da SAF com grandes especialistas da área, de uma forma correta e responsável, mas também com enriquecimento de dados", apontou.

Romão lembra que a pandemia foi muito danosa para o patrimônio do clube, pois afetou pontos de receitas importantes, como estádio, Parque Olímpico e centro de treinamento.

Agora, neste mandato, a gestão tem investido também na manutenção e reforma do centro de treinamento e apostado em melhorias para as categorias de base, que treinam no mesmo local que o time profissional, numa área com cinco campos e alojamentos.

"O fato de podermos investir no nosso patrimônio e restaurá-lo, mesmo com toda a dificuldade financeira que herdamos, mostra claramente o tipo de gestão responsável que fazemos, respeitando e quitando todos os contratos atuais e antigos com fornecedores, atletas e funcionários. Isso pra gente é muito importante", complementa o presidente do Leão, que encerra fazendo um balanço positivo de tudo isso.

"Estamos evoluindo. Não estamos parados e queremos dar o melhor ao nosso torcedor. Entre acertos e erros, diria que o saldo foi muito positivo, apesar de também termos errado. Poderíamos ter subido à Série A neste ano, mas não foi possível. Mas esse ano, com planejamento e previsibilidade de receita, acredito que conseguiremos voos maiores".

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