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O que fez Conmebol escolher Maracanã de novo para final da Libertadores
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A Conmebol anunciou hoje (8) que a final da Libertadores de 2023 vai ser novamente no Maracanã, no Rio de Janeiro, assim como foi a edição de 2020. Além disso, a final da Sul-Americana será no Centenário, em Montevidéu, mesmo palco da final da Libertadores de 2021. Mas, afinal, o que fez a entidade repetir as sedes em um período tão curto de tempo?
A principal resposta é a logística. Depois da experiência da decisão do ano passado, em Guayaquil, no Equador, a entidade percebeu que seu plano de atender todos os países do continente com uma final não seria viável. Inicialmente, a Conmebol havia sinalizado a todas as suas federações filiadas que tentaria passar por cada um deles, mas acabou recuando.
A decisão entre Flamengo e Athletico em 2022 foi marcada por uma grande dificuldade para os torcedores comprarem voos e encontrarem hotéis. O desafio existia para os fãs que desejaram ir até o país acompanhar a final in loco, mas também para os times envolvidos. Para piorar, problemas políticos no país transformaram tudo em ainda mais problemático.
A final da Sul-Americana em Córdoba, na Argentina, também registrou dificuldades de logística para torcedores de São Paulo e Independiente Del Valle, que decidiram a última edição.
Assim, a alternativa foi repetir as sedes que têm voos constantes e uma rede hoteleira capaz de receber o maior número de turistas. Vale lembrar que até mesmo Montevidéu encontrou dificuldades para abrigar palmeirenses e flamenguistas em 2021, que acabaram escolhendo cidades vizinhas para ficar.
Na comparação com outras cidades que são boas no aspecto de logística, o Rio de Janeiro ainda sai à frente por causa do estádio. Poucas cidades têm estádios com capacidade para jogos com mais de 70 mil pessoas sem a necessidade de muitas reformas. Brasília, por exemplo, era outra candidata, mas além de a malha aérea ser pior do que a do Rio, o Estádio Mané Garrincha está em piores condições.
O Rio de Janeiro também foi escolhido para compensar o fato de a final da edição de 2020, entre Palmeiras e Santos, ter sida disputada com público reduzido por causa da pandemia. Agora, o jogo marcado para o dia 11 de novembro terá casa cheia.
A medida foi aceita pelo Conselho da Conmebol e recebeu apoio de diferentes federações. A promessa de Alejandro Domínguez, presidente da entidade, é de dar a outros países eventos de menor porte. A Colômbia, por exemplo, recebeu recentemente a Copa América Feminina.
A tendência daqui para frente é que a final da Libertadores seja sempre disputada em uma cidade com alta capacidade hoteleira e com facilidade para receber voos.
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