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Vitor Pereira teve coragem. Resta saber se Fla vai resistir a coro de burro
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Antes de analisar se errou ou acertou, é importante pontuar que Vitor Pereira teve coragem. Mexeu em mais da metade do time do Flamengo, inclusive o goleiro, deixou Everton Ribeiro no banco de novo, tirou Gabigol com a bola rolando, mudou o esquema tático... Tudo isso depois de perder as três grandes decisões que tinha no início do ano, em pleno clássico contra o Fluminense que decidia o campeão da Taça Guanabara.
O resultado final não foi bom. De virada, o time de Fernando Diniz venceu por 2 a 1, garantiu o título e fez a parte rubro-negra do Maracanã cantar "burro" em coro para o seu treinador. Agora a pergunta que fica é: a diretoria do Flamengo vai resistir à pressão? Uma coisa é resistir a xingamentos em redes sociais. Outra é quando a arquibancada passa a falar. Antes mesmo de a bola rolar, a organizada já havia ido ao Ninho do Urubu para pressionar os jogadores e a torcida já havia gritado "time sem vergonha" no jogo contra o Del Valle pela Recopa.
Vitor Pereira tem todo o direito de usar o início do ano para fazer testes. Ele chegou agora e precisa conhecer seu elenco, entender como cada atleta atua em diferentes posições e situações de jogo. Mas também precisa entender que está no Flamengo, onde a cobrança por títulos é mais alta do que a normal e a expectativa era nada mais nada menos que derrotar o Real Madrid no Mundial de Clubes.
Ou seja, não existe fazer testes e não ser cobrado por resultados. Em cerca de um mês, a parte mais difícil da temporada vai começar, com o Brasileirão e Libertadores. Se não deu sinais de melhora até agora, por que acreditar que vai melhorar daqui para frente? Essa pergunta é ainda mais difícil de ser respondida por uma diretoria que não ficou nem mesmo com Dorival Júnior que foi campeão da Libertadores e Copa do Brasil.
No jogo de hoje, o Flamengo começou bem, sem deixar o Fluminense trocar passes e incomodando nitidamente a equipe de Fernando Diniz. Depois de abrir o placar com um golaço de Cebolinha, foi pouquíssimo incomodado nos primeiros 45 minutos, com a primeira grande chance só aos 25 minutos.
Mas aí no segundo tempo as substituições não foram boas. O time recuou demais, Vidal não foi bem, Gabigol e Arrascaeta, nitidamente abaixo do ideal fisicamente, saíram, e o Fluminense passou a ser dono das melhores ações até conseguir virar o jogo e comemorar o título.
Só para não deixar sem registro, fica aqui o protesto pela péssima arbitragem em um jogo tão importante. O final do clássico depõe contra o próprio campeonato, que cada vez mais fica sem credibilidade.
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