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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Amigo de Scarpa é vítima em fraude de R$ 15 mi com mesma gemóloga como pivô

Colunista do UOL

18/04/2023 04h00

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Um caso muito parecido que colocou Gustavo Scarpa e Willian Bigode nas manchetes dos noticiários nos últimos dias fez também Renan Dias e várias outras pessoas vítimas de um problema que até aqui não tem solução e custa mais de R$ 15 milhões, somando o prejuízo de todos os envolvidos.

Renan é amigo pessoal de Gustavo Scarpa e notou uma grande coincidência nos casos, além do mesmo modus operandi. A gemóloga que deu o aval para as alexandritas da XLand no caso dos jogadores é a mesma que está envolvida nesta outra operação e avalizou o valor de um lote de turmalina colorida: Weysida Carvalho.

Renan Dias colocou cerca de R$ 700 mil em investimento que prometia entre 3% e 5% de rendimento mensal. A operação foi feita pela empresa chamada GWL Group, que redirecionava todo o dinheiro para a Rental Coins. Mais de um ano depois, ninguém obteve retorno financeiro.

Pior do que isso, quando tentam usar as garantias das pedras preciosas para recuperar o valor investido, ouvem do mercado que o valor das pedras não chega nem perto do que foi indicado por Weysida Carvalho.

Em um desses casos, o documento assinado por ela dizia que uma cliente teria direito a US$ 100 mil em garantias se fosse necessário vender as pedras, mas o mercado avaliou o lote de pedras em cerca de US$ 500. Ao todo, a GWL prometia garantias de R$ 25 milhões.

A dinâmica é bem parecida com a que fez Gustavo Scarpa e outros jogadores vítimas. Neste caso, a WLJC Gestão Financeira, empresa que tem Willian Bigode como sócio, tem o mesmo papel da GWL Group, enquanto a Rental Coins está no lugar da XLand. Vale lembrar que Bigode também se diz vítima do golpe e recentemente teve decretado pela Justiça o bloqueio de parte dos seus bens.

A reportagem tentou contato com a GWL Group, com a Rental Coins e com Weysida Carvalho e não obteve retorno. Caso isso ocorra, o texto será atualizado.

Recentemente, a Rental Coins foi notícia por causa de um de seus sócios que é Francisley Valdevino da Silva, conhecido como "Sheik das Criptomoedas". A estimativa da Polícia Federal é que sua pirâmide financeira tenha gerado prejuízo de R$ 1 bilhão.

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