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Danilo Lavieri

REPORTAGEM

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Sport vê perda de protagonismo no Nordeste e quer Copa para retomar espaço

Yuri Romão, presidente do Sport - Divulgação/Sport
Yuri Romão, presidente do Sport Imagem: Divulgação/Sport

Colunista do UOL

19/04/2023 04h00

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O Sport entra em campo hoje (19), a partir das 21h30, para iniciar a disputa da Copa do Nordeste. Depois de ser colocado por muitos anos como o time mais poderoso da região, com direito a título da Copa do Brasil e mata-mata de Libertadores, a equipe de Recife admite que perdeu protagonismo recentemente e coloca o título em cima do Ceará como fundamental para a reconstrução de sua imagem.

A equipe da Ilha do Retiro não vence essa competição desde 2014 e, além de disputar esse troféu, agora pode ser campeã do Estadual, ainda tem chances de avançar às oitavas da Copa do Brasil e sonha com o acesso à elite no final da temporada.

O presidente do Sport, Yuri Romão, destaca em entrevista exclusiva à coluna que o peso da seca de títulos não entra em campo e admite que, apesar de querer o título da Copa, o mais importante em 2023 é ficar entre os quatro primeiros da Série B.

"Todos os campeonatos que disputamos são importantes para nós. Todos possuem relevância. Ganhar o título da Copa do Nordeste seria, sem dúvida, muito bom para que pudéssemos voltar a ser protagonistas em nossa região. Mas não poderia deixar de mencionar que o acesso à Série A tem maior peso", explicou.

"Isso (não ganhar a Copa do Nordeste desde 2014) não tem sido levado em consideração. O que tem nos motivado é o fato de que a equipe está muito unida, compromissada e que temos condições de competir de igual para igual", completou.

O adversário da vez também é um rival da Série B. O Ceará vive um cenário ainda mais de pressão. Apesar de estar na final da competição, o time foi eliminado na Copa do Brasil e vê o Fortaleza, seu arquirrival, como grande referência de administração na região.

O próprio Yuri Romão concorda que a fase do Leão do Pici merece elogios. "Sim, concordo. O Sport perdeu protagonismo a partir do momento que deu mais atenção à política do clube, em detrimento das boas práticas administrativas e financeiras. Desde agosto de 2021 que estamos organizando nosso clube, administrativamente, financeiramente, pacificando a política e planejando o futuro. Não tenho dúvida de que os resultados aparecerão", afirmou.

"A atual gestão do Sport tem feito um esforço gigante para se manter equilibrado financeiramente, e assim poder investir no departamento de futebol. A base está classificada como um dos pilares de sustentação do clube. Nossa esperança é de que já a partir de 2024 tenhamos bons resultados financeiros, além da performance desportiva", completou.

O Sport tem feito estudos recentemente para estudar a possibilidade de virar uma Sociedade Anônima de Futebol. O dirigente tem a certeza que os times do nordeste precisarão de parceiros para competir em alto nível no Brasil, mas não crava que a SAF é a única alternativa.

"Particularmente, eu entendo que nenhum clube do Nordeste conseguirá ser competitivo se não tiver um parceiro investidor. Obviamente cada clube tem suas características que os diferenciam. Nós devemos colocar em discussão a criação da SAF no meio do ano. Até lá nós ainda vamos estudar qual o melhor formato, que modelo de negociação deveremos adotar, caso seja aprovada na Assembleia de sócios a criação da SAF", finalizou.

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