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Palmeiras precisa achar solução para comportamento inacreditável de Abel
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Abel Ferreira voltou a chamar a atenção pelo seu péssimo comportamento à beira do gramado na classificação do Palmeiras diante do Fortaleza nas oitavas de final da Copa do Brasil. São mais de 40 cartões recebidos pelo português desde a sua chegada e uma rotina que chega perto da inacreditável. É insustentável que ele continue assim. Tudo isso, dias depois de tomar o celular de um jornalista no Mineirão.
No episódio de hoje (31), ele se revoltou com Sávio Pereira Sampaio por um cartão aplicado em Rony. O português foi até a beira do gramado, colocou as mãos para trás (como se isso permitisse todo tipo de outras grosserias) e não parou de reclamar até ser advertido. A bem da verdade, nem mesmo depois do cartão ele parou. Já no 2º tempo, o comandante continuou até ser expulso. Tudo isso com uma expressão facial como se estivesse possuído por uma força do mal.
A situação assusta até mesmo quem convive com ele no dia a dia da Academia de Futebol. Há quem diga que nem parece a mesma pessoa que trabalha no dia a dia no Centro de Treinamento e o que vai para a beira do gramado, tamanha a diferença na postura.
Já está provado que conversar não é o suficiente. O comandante já bateu papo com diferentes pessoas do clube, desde a comunicação até a presidente, mas não dá muitos sinais de que vai melhorar. Até a sua mulher prometeu vender os carros do técnico a cada expulsão. E nada.
Nem mesmo comandar o time da cabine dos estádios seria uma solução efetiva, já que os auxiliares se comportam praticamente da mesma maneira. Qual a solução? Multa? Suspensão? Consulta com psicólogo? Maracugina? Colocar um saco de boxe no banco de reservas para que ele desconte a raiva a cada lance com pancadas e não xingamentos?
É 100% verdade que o ambiente não ajuda. Os gramados no Brasil são péssimos, a arbitragem por aqui erra muito, o calendário é exaustivo, as viagens são longas? Mas nada disso justifica a revolta de Abel. Já pensou se todos os técnicos resolvessem adotar essa postura em forma de protesto?
Afinal, é xingando o árbitro que tudo isso vai melhorar? Há alguns ditados que aprendemos desde a infância que se aplicam neste contexto. "Um erro não justifica o outro" é o que melhor se aplica nessa situação.
Também vale usar o ditado que toda mãe já falou uma vez para o seu filho em outra situação: "você não é todo mundo". Claro que outros técnicos também precisam melhorar de comportamento, mas isso também não dá o direito de o palmeirense continuar assim. Não vou nem lembrar do "o exemplo vem de cima".
Em tempo: Abel Ferreira é de longe o melhor técnico do futebol brasileiro, tem números impressionantes, acumula títulos e sobra na hora de fazer tática e gestão do elenco. Sua falta de educação à beira do gramado não tira nada desses méritos.
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