Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Contrato entre WTorre e Palmeiras não estipula valor para rescisão; entenda
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Se o Palmeiras ou a WTorre quisessem romper o acordo atual, os dois precisariam iniciar uma nova briga de mediação ou em uma Câmara de Arbitragem. A coluna teve acesso ao contrato firmado entre as partes e constatou que não há um valor fixado para rescisão.
Especialistas consultados pela reportagem explicaram que como todo o investimento na reforma foi feito pela construtora e há uma série de receitas previstas para os dois lados no acordo de 30 anos, seria impossível colocar um número para determinar a separação entre eles, como é feito em casos de contratos entre clubes e jogadores, por exemplo.
Uma possibilidade seria uma venda da propriedade, na qual a WTorre venderia o que tem direito para alguém do seu interesse, com o aval do clube, estipulando um valor que acha justo.
No momento, o Palmeiras diz não ter nenhum interesse em rescindir e que quer receber o valor devido, que estima estar na casa dos R$ 128 milhões. O clube ainda afirma que a construtora já confessou que não faz os repasses desde 2015 e que esse montante não está em disputa na Câmara de Arbitragem. Por conta disso, Leila Pereira resolveu levar o tema à Justiça Comum.
A WTorre, por sua vez, nega que esse seja o valor em aberto, diz que o Palmeiras também tem dívida com ela e que pagará o que deve tão logo a arbitragem seja encerrada. Ela ainda afirma que havia um acordo encaminhado e que foi deixado de lado de maneira injustificada por Leila Pereira.
Rescisão unilateral é prevista em só um caso
O item 15 trata da rescisão sem multa em caso de não cumprimento por parte da construtora em atender os requisitos para a reforma do estádio: "Na hipótese de a Superficiária não cumprir com a destinação da Superfície disposta no item 2.2 desta escritura".
O item 2.2 elenca requisitos mínimos para o estádio. Ou seja, se a empresa não construísse a nova arena ou não respeitasse alguns pontos do acordo como uma capacidade de no mínimo 40 mil pessoas, por exemplo, o clube poderia romper o acordo unilateralmente.
Ainda assim, antes de tomar essa medida, o contrato prevê que o clube avise a construtora e dê um prazo de no máximo 90 dias para que uma solução seja apresentada.
Se a WTorre não concordasse com a requisição, poderia solicitar uma mediação entre nomes indicados pelos dois lados ou então recorrer à mesma Câmara de Arbitragem onde hoje eles já travam batalhas por outros pontos de desentendimento no acordo.
Siga também as opiniões de Danilo Lavieri no Twitter, no Instagram e no TikTok
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.