Diretor que descobriu Luan para o Grêmio faz aposta após volta de atacante
Diretor responsável pela ida de Luan ao Grêmio, o executivo de futebol Júnior Chávare comemora o retorno do atacante a Porto Alegre. Na visão dele, o único lugar onde o atleta pode retomar seu bom futebol é justamente no time onde ele foi eleito Rei da América. O jogador desembarca hoje (27) no Rio Grande do Sul após uma péssima passagem no Corinthians.
Em entrevista à coluna, o dirigente apostou que ele retornará ao bom momento e lembrou de quando achou o atleta na Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2013. Na época, ele era o chefe das categorias de base gremista e viu o jogador fazendo seis gols atuando pelo América-SP.
"Foi feito um trabalho muito específico para ele naquela época. Somente depois de seis meses ele começou a ter minutagem na equipe sub-20, e a transição para a equipe profissional aconteceu de uma forma muito natural. Ele era um jogador que se apostava muito, havia grande expectativa, e a partir do momento que ele teve oportunidade, agarrou", lembrou.
Hoje na Ferroviária comandando um projeto de modernização, Chávare aposta no fator casa para fazer Luan dar certo sob o comando de Renato Gaúcho. Ele volta com um salário simbólico perto de outros atletas para tentar recuperar o que não mostrou em praticamente nenhum momento no Parque São Jorge.
"O Luan saiu do Grêmio, mas o Grêmio nunca saiu do Luan. Se tem um lugar que ele pode dar certo é o Grêmio, e isso é uma concepção que eu tenho comigo", apontou.
"Eu tenho uma enorme expectativa com essa volta, e acredito que será muito benéfica, tanto para ele como para a instituição. É uma união que tem de tudo para continuar dando certo. Sobre a questão do futebol, ou da recuperação da capacidade técnica dele, vai passar muito pelo comprometimento, pela capacitação e motivação, mas eu não tenho dúvida que o Grêmio é a casa dele, e na nossa casa os profissionais se sentem mais à vontade e comprometidos com todas essas ações", completou.
Além de Luan, o Grêmio colheu vários frutos por apostar em uma reformulação nas categorias de base. Na época, o projeto levou o nome de Lapidar e achou talentos que os gremistas lembram até hoje.
"Acredito que a nossa chegada, no início de 2013, com o presidente Fábio Koff, foi um momento de mudanças, principalmente na categoria de base, porque fizemos uma reformulação conceitual muito grande. Na minha segunda passagem, pude dar continuidade ao projeto e vi que muito do que fizemos permanece ali até hoje, fatores de sucesso que o Grêmio manteve nos últimos anos. Nós tivemos muitos resultados técnicos e depois financeiros", recorda Chávare.
"Além do Luan, podemos lembrar de Arthur, Pedro Rocha, Everton Cebolinha, Pepê, Walace, Wendell e também do Ramiro. Era um trabalho extremamente metodológico, muito forte na captação, conseguiu dar uma solidez ao time e, a partir de 2016, na campanha vitoriosa da Copa do Brasil e, posteriormente, em 2017, no título da Libertadores, tínhamos um número extremamente significativo de atletas da base', finalizou.
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