Danilo Lavieri

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Palmeiras cresce na hora certa, mas ainda tem questões para voltar ao auge

O Palmeiras dá sinais de que aos poucos consegue recuperar aquele futebol que colocou a equipe para brigar por todos os títulos que disputou nos últimos três anos sob o comando de Abel Ferreira. Ainda há um caminho a percorrer para que o Alviverde chegue no ápice que já mostrou, mas pontos importantes foram vistos ontem (2) na vitória por 1 a 0 contra o Atlético-MG.

O técnico e a diretoria admitem que a chegada de um camisa 5 seria importante para dar mais opções, mas apontam a queda física e até a questão mental após uma chuva de propostas como os principais motivos para a queda de desempenho. Agora, começam a ver sinais positivos.

O primeiro deles foi a segurança que Weverton teve na meta. Até os 40 minutos do 2º tempo, ele precisou praticar apenas uma defesa. Isso acontece com a excelente partida de Gustavo Gómez e Murilo marcando o ataque atleticano, especialmente as investidas de Hulk.

À frente da dupla, Zé Rafael fez uma excelente partida. Conseguindo roubar bolas na intermediária defensiva e chegando até a ofensiva, levando perigo à defesa adversária. Conhecido como Trem pela torcida, ele foi um dos melhores em campo no Mineirão.

Raphael Veiga ainda não apresentou o futebol que o levou à seleção brasileira, mas já conseguiu participar muito mais do que vinha participando na comparação com a sequência em que o Palmeiras ficou sem vencer no Brasileirão e também foi eliminado da Copa do Brasil.

Lá na frente, Rony voltou a ser aquele atacante insuportável para o zagueiro adversário. Ele conseguia atrapalhar em todos os momentos. Quando tinha a bola, levava perigo e causava dor de cabeça a Jemerson e Igor Rabello. Quando não tinha, incomodava a saída de bola a todo momento e diminuindo as opções para saída de bola.

O desempenho de alguns atletas ainda pode melhorar para que o coletivo consiga evoluir ao mesmo tempo. Dudu é o maior exemplo deles. Depois de ficar três partidas fora por dores na panturrilha, ele jogou cerca de 60 minutos, teve um bom começo de primeiro tempo tabelando com Piquerez, mas depois sumiu.

Gabriel Menino oscila bastante e às vezes até se desliga do jogo. Ainda assim, quando ele está no seu melhor momento é capaz de produzir situações perigosas, especialmente com chutes de fora da área.

Tão logo o esqueleto recupere o seu 100%, o banco do Palmeiras passará a ser menos problema do que foi na sequência recente que gerou crise e protestos. Se os titulares jogarem no seu máximo, é bem provável que quem sai dos reservas entre apenas para segurar um resultado já provavelmente controlado.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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