Danilo Lavieri

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Palmeiras não pode sonhar com outra coisa que não atropelar o Pereira

Abel Ferreira e seus jogadores estão certos ao adotarem o discurso de que ninguém está nas quartas de final de uma Libertadores por acaso, mas a verdade é que o Palmeiras não pode nem sonhar em ser eliminado pelo Pereira no confronto que começa hoje (23), às 21h30, na Colômbia. No futebol, tudo pode acontecer, mas um time que alcançou esse patamar na América do Sul precisa carregar esse tipo de responsabilidade ao se deparar com um confronto como esse.

A diferença de estrutura e investimento entre eles é um absurdo. O primeiro título de primeira divisão da história do clube foi conquistado no ano passado, pouco depois de a falência bater na porta na década passada. A equipe joga em um estádio construído pelo governo, mesmo local que também é usado para treinamentos, o que inclusive prejudica um pouco o gramado.

No Campeonato Colombiano desta temporada, são seis jogos, com apenas uma vitória do Pereira. Na Libertadores, a classificação veio por ter conseguido segurar o 0 a 0 com o Colo-Colo em uma partida onde os chilenos tiveram 21 chutes contra quatro dos colombianos.

O grande jogo do Pereira no ano foi justamente na vitória por 1 a 0 na partida de ida contra o Independiente Del Valle, quando o time teve um bom domínio da partida. Já na volta, a classificação veio com direito a pênalti perdido dos equatorianos e mais uma partida com massacre nas chances: 26 chutes contra nove.

Enquanto isso, o Palmeiras chega a Pereira em um avião próprio, driblando um dos poucos rivais que podem ajudar os donos da casa, que é a logística ligeiramente complicada para a chegada de quem vem de fora.

É verdade que o Flamengo está aí para provar que enfrentar equipes mais fracas não é sinônimo de vitória. Contra Aucas e Ñublense, os rubro-negro sofreu. Mas, na Libertadores, o Alviverde tem mostrado um comportamento diferente desde a chegada de Abel Ferreira. São duas taças e uma eliminação na semifinal nos últimos três anos e anos seguidos de melhor campanha no geral na fase de grupos, o que gera comparações com o Boca Juniors de Bianchi.

Eliminado da Copa do Brasil nas quartas de final, o Alviverde tem poucas chances de alcançar o Botafogo, apesar de estar na segunda colocação e deposita na Libertadores todas as suas esperanças de um título no segundo semestre após as conquistas do Paulistão e da Supercopa do Brasil no começo da temporada.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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