Palmeiras tem obrigação de atender ao último pedido de Abel Ferreira
Logo após a exibição de gala com os 4 a 0 em cima do Pereira na noite de ontem (23), Abel Ferreira concedeu coletiva e avisou: "espero que eu não perca mais nenhum jogador".
O Palmeiras tem a obrigação de cumprir esse pedido do treinador. Não só pela questão desportiva, para continuar na briga pelo título da Libertadores e quem sabe incomodar o Botafogo no Brasileirão, mas também para que a teoria aplicada no discurso vire a realidade.
Uma das justificativas para não contratar ninguém na última janela foi que as renovações com os pilares do elenco deixaram a folha salarial muito alta e que boa parte do dinheiro conquistado com títulos acaba sendo usado para a manutenção dos jogadores. Outra parte considerável de conquistas vira "bicho", a famosa premiação que não bate na conta do clube e vai direto para os cofres dos jogadores.
Ou seja, o dinheiro que entra em caixa é usado quase que em sua totalidade para a manutenção dos principais atletas, o que reflete diretamente em um banco com menos estrelas e mais garotos das categorias de base. O balanço mostra que essa parte do discurso é verdadeira: foram cerca de R$ 30 milhões por mês com departamento de futebol no ano passado.
A segunda parte desse discurso precisa continuar sendo em prática. O Palmeiras já recusou propostas por Gustavo Gómez, Luan, Piquerez, Rony, Zé Rafael, Raphael Veiga... A lista é longa e muitas vezes causa estragos. Nem sempre os atletas ficam satisfeitos ao não conseguirem sair e essa é um dos motivos apontados por Abel para a queda de rendimento recente do time.
Aparentemente, os jogadores estão conseguindo esquecer o efeito da negativa e voltam a apresentar o seu melhor futebol. Cabe à diretoria do Palmeiras seguir dando não para qualquer tipo de proposta e que o recado fique claro para o mercado e para os jogadores. "Vocês ganham muito bem, têm uma ótima estrutura e se quiserem sair que paguem a multa".
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Opinião
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