Lesão encerra pior ano de Dudu no Palmeiras e testa estratégia de mercado
O Palmeiras recebeu a notícia hoje (28) de que não terá Dudu pelo resto da temporada. Jogador símbolo dessa nova era vivida no Palestra Itália, o jogador vê a lesão de joelho encerrar aquele que já era o seu pior ano com a camisa do Alviverde.
Depois de ter jogado todas as partidas do Brasileirão no ano passado, o camisa 7 enfrentou uma lesão crônica na panturrilha que o fez jogar no sacrifício na Libertadores e perder partidas do Nacional. Até problemas com seu novo fornecedor de chuteira ele estava enfrentando.
Antes mesmo dessa lesão, Dudu já não estava conseguindo brilhar como fez desde 2015. Talvez com a partida da final do Paulista contra o Água Santa como a melhor exibição em todo ano, ele só fez três gols e deu sete assistências.
Ainda assim, a sua perda é pesada. Desempenho à parte, o Baixola é referência no elenco para jovens e mais velhos e também um símbolo para a torcida. Também por isso, é de difícil reposição.
Não há ninguém no banco de reservas que substitui Dudu mesmo que ele estivesse na sua pior temporada. Se tivesse na melhor então? É por isso que a estratégia de mercado do Palmeiras vai ser testada.
A ideia central é não vender ninguém de suas referências, dando contratos milionários e multas rescisórias inalcançáveis. Isso inflaciona a folha salarial a ponto de estrangular o time na hora de ir ao mercado. E o primeiro reflexo é enfraquecer o banco de reservas e apostar em jovens que ainda não estão prontos.
Qual vai ser a solução de Abel Ferreira? Breno Lopes substitui imediatamente? Esforçado taticamente e marcado eternamente pelo gol do título da Libertadores de 2020 quando Dudu estava no Qatar, ele está longe de ter a mesma técnica do companheiro. Kevin, John John ou Luís Guilherme poderiam receber oportunidades? É difícil ver o técnico acreditar 100% na juventude de acordo com o que ele mesmo já mostrou em outras oportunidades.
Outra alternativa seria deslocar atletas de suas posições mais certeiras para compensar a ausência. Artur sai da direita e vai para esquerda, para que Mayke jogasse como ponta à frente de Marcos Rocha. É arriscado ver o atacante sair de sua zona de conforto. Mesma situação caso a solução fosse colocar Rony pelos lados e centralizar Flaco ou Endrick. Rony já mostrou que sabe fazer como ninguém a função de camisa 9 no esquema de Abel.
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