Boca oferece mais risco ao Palmeiras por peso da camisa do que por futebol
É inevitável que o torcedor do Palmeiras que tenha seus 30 anos tenha lembranças ruins ao saber que vai enfrentar o Boca Juniors na semifinal de Libertadores. O vice com o Morumbi lotado em 2000 e a queda nos pênaltis na mesma semifinal em 2001 estão na memória. Para incrementar, ainda tem a eliminação também a um passo da decisão em 2018.
A tradição e o peso da camisa são os dois principais aliados do Boca para os confrontos que estão por vir no mês que vem. Futebol por futebol, o Palmeiras é melhor. Mas isso não basta. E todo mundo sabe disso. Abel Ferreira sabe disso e aprendeu como ninguém.
O Alviverde hoje chega à sua quarta semifinal consecutiva por ter um sistema de jogo definido, com um time que se moldou nas dificuldades e já entrou para a história das Academias. Para alguns, o melhor de todos os tempos. Para outros, não necessariamente o melhor, mas o mais vencedor.
Do outro lado, o Boca apresenta uma melhora do meio do ano para cá, mas ainda um sistema longe de encantar. Não é o mesmo time que perdeu do mesmo Pereira que tomou 4 a 0 do Palmeiras. Mas também está longe de ser o mesmo gigante dos anos 2000. Um time que tem Cavani como uma de suas principais estrelas, mas absolutamente longe de viver o seu auge. Seu parceiro de ataque é Merentiel, que não foi aprovado na passagem justamente no Palmeiras.
Claro que há outros bons nomes como Rojo, Advíncula e o goleiro Romero, mas nome por nome, trabalho por trabalho, o Palmeiras é melhor. Óbvio que a pressão de La Bombonera pode fazer a diferença, mas a força palmeirense no Allianz nas últimas Libertadores não deixa nada a desejar.
O Palmeiras entra no confronto sem a necessidade de olhar para cima, como seria há alguns anos. Pode encarar o jogo no físico, no técnico, na raça? A única certeza é que teremos mais dois jogos para a história da principal competição do continente.
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Opinião
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