Danilo Lavieri

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Clube criado após sonho de amigos bate recorde ao obter selo da CBF

Criado por amigos que sempre sonharam em ter um time de futebol, o Sfera FC atingiu um nível de crescimento que surpreendeu o mercado recentemente ao obter o selo de clube formador na CBF em tempo recorde, segundo atestou a Federação Paulista de Futebol.

O tema pode ser desconhecido de boa parte da torcida, mas até mesmo o Goiás, time de Série A, começou o Brasileirão sem esse certificado. E sabe o que isso muda? O certificado só é obtido por clubes que comprovam uma série de pré-requisitos para atestar trabalho profissional nas categorias de base e dá ao clube o direito de participar do mecanismo de solidariedade da FIFA, que faz com que os formadores recolham percentuais sobre transferências de atletas, mesmo após deixarem a instituição.

O Sfera foi fundado no dia 1º de abril em 2021 por um grupo de sócios e hoje conta com uma estrutura de 600 mil metros quadrados em Jarinu, no interior de São Paulo, com quatro campos de trabalho e alojamento para 200 atletas. É o mesmo local em que o Bragantino usava até o ano passado, como explicou à coluna Gustavo Aranha, sócio-fundador.

"O Sfera nasceu de um sonho de empreendedores, amigos, todos apaixonados por futebol e que queriam fazer algo grande no futebol e através do futebol. O que a gente tem como missão no Sfera é transformar o futebol brasileiro, formando atletas de alta performance a partir de uma formação que contemple aspectos humanos, sociais e culturais, não só porque a gente acha que esse é o melhor caminho para que um atleta atinja seu potencial, mas também porque a gente acredita que assim, independentemente do garoto se tornar ou não um atleta profissional de futebol, a gente estará ajudando a entregar um cidadão melhor para a sociedade. A gente achou que faltava isso no futebol, então posso dizer que é essa a origem desse sonho", explicou.

Eles apostam em um organograma com apenas um CEO, Rodolfo Canavesi, com duas diretorias abaixo: Gabriel Bussinger, ex-Santos, comandando o futebol, e Larissa Li, na diretoria de Pessoas e Cultura. O clube também tem Nadima Skeff, uma treinadora, mulher, comandando o time sub-14 masculino.

O valor do investimento e o custo da operação são dados que ele não revelou, apesar da pergunta da reportagem. O que Aranha gosta de ressaltar é o bom desempenho mesmo após o curto período de existência da equipe.

No sub-17 do Paulistão, o time terminou a primeira fase na 4ª colocação entre os 79 participantes, atrás de São Paulo, Santos e Corinthians. O time está na terceira fase. No sub-15, a equipe também avançou, mas foi derrotada na segunda fase. O sonho agora é disputar a Copinha de 2024.

"Entre a nossa fundação, em abril de 2021 e fim de 2022, a gente se estruturou, fez um processo minucioso de captação e em março deste ano começamos as atividades diárias como clube de futebol", explicou.

"Agora, eu diria que o próximo passo é angariar parceiros, patrocinadores e investidores que acreditem no nosso projeto para escrevermos essa história juntos. Já temos dois projetos via Lei de Incentivo ao Esporte aprovados, inclusive. Esportivamente, nosso objetivo é disputar mais torneios relevantes no Brasil e no exterior, e estamos trabalhando para poder estar na Copa São Paulo de 2024, com um time bastante jovem. Posso dizer que existe uma chance considerável de isso se concretizar", finalizou.

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