Lage dá discurso que piora derrota para o Flamengo e pressiona Botafogo
Bruno Lage conseguiu piorar os efeitos da derrota do Botafogo para o Flamengo por 2 a 1 ontem (2) no Engenhão. A primeira derrota do líder em casa em todo o campeonato poderia ter sido simplesmente sido tratada como casual em um clássico contra o principal elenco do país, mas acabou sendo amplificada pelo português. Não dá para falar em crise, mas ele pressionou seu próprio time.
Na entrevista coletiva após o jogo, ele colocou o cargo à disposição, disse que abre mão dos salários que tem para receber e dos prêmios que receberia de acordo com a classificação para a Libertadores e até para ser campeão.
Na mesma entrevista, Lage conseguiu dar um discurso confuso. Primeiro, fez questão de falar de todo o currículo dele na Europa para supostamente afirmar que aguentaria a pressão, mas depois disse que não admitiria que seus jogadores fossem cobrados pelo título e que, por isso, poderia ser demitido caso fosse esse o desejo da diretoria botafoguense.
Ou seja, ele tentou se colocar como superior às perguntas feitas na coletiva, ainda acusou um suposto favorecimento pelo jogo ter sido marcado para este sábado após o Botafogo ter jogado na quarta e levantou-se sem responder a novos questionamentos.
No lugar disso, ele poderia simplesmente ter falado: jogamos contra o time de maior investimento do país, com o elenco mais poderoso, ainda que em crise, em um clássico onde qualquer resultado é normal. Ainda poderia completar: "essa é minha primeira derrota no Engenhão e seguimos na liderança em busca da taça".
Está difícil entender o que Bruno Lage quis com a mensagem que passou nessa entrevista?
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Opinião
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