Se cortou Paquetá, Diniz também precisa cortar Antony após denúncias
Fernando Diniz admitiu na sua entrevista coletiva como técnico da seleção que não chamou Lucas Paquetá por conta da suspeita do envolvimento do atleta em um caso de manipulação de apostas. Ora, se cortou atleta do West Ham que estava sendo investigado, por que não cortar Antony, que está envolvido em caso ainda pior após suposta agressão à ex-namorada?
A reportagem de hoje (4) do UOL assinada por Pedro Lopes e Beatriz Cesarini é assustadora e deveria ser definitiva na opinião do técnico. Ainda que ele sustente que manteve a convocação em agosto pelas investigações serem muito prematuras na época que fez a lista, agora, não tem mais desculpa.
Ninguém pode ser culpado antes de uma investigação e de uma defesa apropriada. Mas ao cortar um atleta que ainda está sendo investigado por um caso de apostas e manter outro que está no centro de uma agressão contra uma mulher o treinador é contraditório e ainda passa a impressão de que um caso importa menos do que o outro.
É uma mensagem muito perigosa passada pelo técnico da seleção brasileira e pela CBF quando medidas como essas são tomadas, como já mostrou minha companheira Milly Lacombe.
A seleção começou a se apresentar nesta madrugada em Belém para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 e a previsão é que o time esteja completo na noite desta segunda (4). O primeiro treino com todo o grupo será feito só na terça.
Ainda é tempo de Diniz cortar o jogador e ainda usar o mesmo argumento que teve para explicar o motivo de não chamar Lucas Paquetá, que inclusive recebeu elogio dessa coluna: "É questão de preservação, deixar ele resolver essas questões, que excedem o futebol. Deixar ele mais à vontade para resolver essas questões era o mais adequado".
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