Palmeiras: Crefisa processa ex-conselheiro por difamação e pede R$ 100 mil
A Crefisa, patrocinadora do Palmeiras e empresa de propriedade de Leila Pereira, presidente do clube, entrou com processo por danos morais contra Leandro Nóbrega Bafume, que é ex-conselheiro do Alviverde.
A financeira afirma que Bafume atacou a honra da instituição ao divulgar uma campanha difamatória pedindo para que os torcedores usassem o termo "Cretina" no lugar em que está estampado Crefisa no uniforme palmeirense. A empresa pede R$ 100 mil e exclusão imediata das ofensas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, além do pagamento das custas e dos honorários.
A coluna teve acesso ao processo, em que constam alguns posts do ex-conselheiro nas redes sociais e também em grupos de WhatsApp. Há também uma citação sobre a ligação entre Bafume e a Mancha Verde, torcida organizada que apoiou Leila no início de sua trajetória no clube, mas hoje faz oposição à gestão. Ele foi consultado pela reportagem, mas não quis se pronunciar. Leila Pereira também não quis comentar o tema e disse que o processo é movido pela Crefisa e não por ela na sua pessoa física. A instituição também não quis comentar o tema.
Bafume e Leila sempre tiveram ótima relação, inclusive com fotos e declarações públicas mútuas de apoio. O relacionamento se desgastou após críticas dele à gestão da presidente. No começo deste ano, ele tentava a reeleição como conselheiro, mas foi expulso da chapa Palestra e impedido de entrar na UVB. Por conta disso, não pôde participar da eleição e deixou o cargo.
Na ocasião, a versão que circulou nas alamedas era que a movimentação nos bastidores tinha sido ordem de Leila. Esse foi o tema de alguns dos posts de Bafume nas redes sociais, que também constam na documentação do processo. A presidente sempre negou esse pedido, inclusive em entrevista exclusiva à coluna em fevereiro.
No processo, a Crefisa também sustenta que Leila não teve ligação com essa exclusão e diz que não só essa acusação, mas também a campanha para que o termo "Cretina" fosse usado na camisa estão causando "severos danos à imagem da instituição" e que isso "ultrapassa os limites da liberdade de expressão". A Crefisa pede que, caso tenha ganho de causa, o valor da indenização seja doado ao Graacc, instituição que ajuda crianças e adolescentes com câncer.
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