Palmeiras exclui consulados que criticaram gestão de Leila Pereira
O Palmeiras decidiu excluir 46 consulados do seu site oficial e também do grupo de WhatsApp feito para o relacionamento entre eles e o clube por conta de críticas à gestão de Leila Pereira. A diretoria diz que o motivo da exclusão foram as ofensas à instituição e à presidência. Os consulados dizem que as remoções foram arbitrárias e ato de censura.
O episódio acontece no mesmo momento em que 26 conselheiros perderam o benefício de ingresso gratuito para os jogos do Palmeiras por conta de uma carta que questionava a gestão de Leila. Os que estão no grupo de apoio à presidência continuam recebendo as entradas normalmente.
As exclusões já tinham acontecido anteriormente, mas se intensificaram a partir do dia 11 de outubro, mesma data em que Leila Pereira deu a sua última coletiva de imprensa onde ela atacou desafetos. Minutos depois da entrevista, alguns cônsules passaram a criticar a gestão, seja por mensagens no grupo oficial dos consulados no WhatsApp ou até por apoio a críticas feitas por outras pessoas em redes sociais. Alguns deles, por exemplo, fizeram comentários criticando Leila Pereira nas redes sociais da Mancha Verde ou manifestando apoio às palavras da organizada.
As remoções continuaram nos dias seguintes e ocorreram até ontem. Outro episódio que aumentou a crise foi uma carta aberta divulgada por quem havia saído do grupo sem nenhuma assinatura e sem autorização de todos os cônsules, como no caso da página do Consulado de Águas Claras (DF). O Palmeiras em seu site oficial respondeu dizendo que eles não poderiam falar em nome de todo o grupo.
Os consulados afirmam que sempre tiveram problema de relacionamento com a diretoria e que as exclusões foram feitas de maneira arbitrária e sem nenhum tipo de apoio ao Estatuto, como relatou Guilherme Rivera, ex-cônsul do Rio de Janeiro. Eles dizem que a liberdade de expressão não foi respeitada e que a atitude é uma censura a quem não concorda com as ações de Leila ou que criticaram a entrevista dada pela mandatária na semana passada. Eles também estão perdendo as páginas oficiais que tinham nas redes sociais.
A diretoria do interior, responsável pela gestão da área, destacou que o trabalho com os consulados se intensificou e registrou um crescimento de 800%, com direito a padronização das ações, distribuição de brindes pelas cidades e um manual que explica os direitos e deveres de cada um. Paulo Estevão, líder do setor, disse que as exclusões foram feitas por desrespeito ao Estatuto do Palmeiras e também a esse manual.
Segundo ele, as críticas não foram apenas feitas de maneira construtiva e atacaram não só a honra de Leila Pereira, mas também outros diretores e outros cônsules que preferiram não aderir ao movimento.
Ainda na versão dele, várias exclusões foram feitas após sindicância e sempre com o aval do jurídico palmeirense. Além disso, alguns deles incentivavam a pirataria com a marca do clube e cambismo antes da implantação da biometria facial.
Os consulados são liderados por sócios do interior que podem organizar eventos com o objetivo de expandir a marca do clube não só por outras cidades que não a capital paulista, mas também fora do país.
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