Danilo Lavieri

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Fortaleza merece taça para mostrar a gigantes que organização dá resultado

O Fortaleza entra em campo hoje com a chance de ganhar um título inédito não só para a sua história, mas para o nordeste inteiro. Seria a primeira vez que uma equipe dessa região levantaria a taça de um torneio sul-americano. Diante da LDU, o Leão do Pici merece a taça para mostrar para os gigantes aqui do Brasil que ser uma equipe organizada dá resultado.

Outras equipes têm faturamentos bem maiores, mas estão em situações muito mais complicadas no final de temporada, como nos casos de Corinthians, Vasco, Cruzeiro e Internacional. Enquanto isso, o Tricolor entra em campo no Uruguai com a chance de ser premiado por uma reestruturação completa.

Nos últimos cinco anos, a evolução financeira do Leão do Pici aumentou em mais de 1.100%, saltando de R$ 24 milhões em 2017 para R$ 300 milhões em 2023. Com o eventual título, essa previsão pode ser superada, chegando perto dos R$ 320 milhões.

"O futebol é, sem dúvida, um empreendimento de longo prazo. É importante estabelecer as bases necessárias para construir um ótimo desempenho dentro e fora de campo. Uma coisa que não podemos fazer é nos acomodar, precisamos sempre querer evoluir cada vez mais. Mesmo com todo esse crescimento, temos espaço e desejo de seguir evoluindo em todas as áreas", analisou o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz.

Em termos financeiros, a classificação até a final da Sul-Americana já rendeu ao clube o equivalente a R$ 25 milhões. Contudo, caso conquiste o título, o Tricolor pode aumentar o faturamento para R$ 45 milhões em premiação, sem contar a vaga direta para a Libertadores em 2024.

Não só em termos de respeito aos compromissos financeiros, que deveria ser obrigação de todos os times, mas também no investimento de estrutura física, como um novo Centro de Treinamento, e da adoção de uma política de futebol que não se pauta apenas pelo resultado.

Nos últimos seis anos, o Leão conquistou o título da Série B, foi pentacampeão Cearense, bicampeão do Nordeste e participou pela segunda vez consecutiva da Libertadores. Tudo isso depois de disputar a Série C em 2017.

A reestruturação fora de campo melhora o time e, consequentemente, melhora o faturamento diretamente com seu torcedor. Apenas no Campeonato Brasilieiro, o Fortaleza contou com uma plateia de mais de 400 mil pessoas, o que resultou em uma média total de quase R$ 6 milhões de renda.

Mais um fator tem sido o programa de sócio-torcedor. Com mais de 42 mil associados, a agremiação atinge uma média de 15% do orçamento anual apenas com os planos. A expectativa de arrecadação é de R$ 30 milhões por temporada. Agora, a meta é chegar aos 50 mil apoiadores em 2023.

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Ainda, com acordos de patrocinadores e parceiros comerciais, o time tem aumentado a visibilidade e o valor de mercado. No ano passado, o Leão foi o time da Série A com o maior número de patrocinadores, totalizando 20 parcerias, e tem estimativa de arrecadar R$ 15,5 milhões em 2023.

Reportagem

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