Federações de Rio e de SP criticam plano da CBF de diminuir estaduais
*Com a colaboração de Alexandre Araújo, do UOL, no Rio
As suspeitas da CBF sobre a resistência que vai enfrentar ao tentar diminuir os estaduais se confirmaram. A coluna ouviu de pessoas ligadas às federações do Rio de Janeiro e de São Paulo que não sabem de nenhum plano da entidade máxima para diminuir as competições regionais em 2026 e que qualquer tentativa neste sentido será rejeitada.
Como mostrei recentemente, diminuir de 16 para 12 o número de datas dos estaduais em 2026 é um plano pessoal de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. Ele tem mantido conversas com as federações em busca de uma solução para transformar o calendário em algo com menos problemas graves como os que o Brasil enfrenta hoje.
Rubens Lopes, presidente da Ferj, foi o mais enfático. "Trata-se de um verdadeiro genocídio ao futebol", disse o dirigente. "Não acredito que a proposta venha do presidente porque seria uma apostasia de tudo que já me foi dito e propagado até então. O Rio de Janeiro não concorda e repudia os devaneios do empirismo e do achismo", completou.
A Federação Paulista, por sua vez, cita também os aspectos financeiros e os contratos já assinados para 2024 e 2025. Os quatro grandes de São Paulo vão ganhar um valor recorde para participar do Estadual. Só para entrar em 12 jogos da primeira fase, o quarteto vai ganhar R$ 40 milhões cada, o que significa a mesma premiação de um semifinalista de Libertadores ou de um finalista de Copa do Brasil e Sul-Americana.
No Conselho Técnico, os dirigentes dos principais times reforçaram seu apreço pelo Paulistão e foram até enfáticos ao afirmar que estarão ao lado da FPF nesta briga, contrariando o que dizem seus próprios técnicos como Abel Ferreira e Dorival Júnior.
Essas tentativas de Ednaldo e a resistência das Federações de São Paulo e Rio de Janeiro formam mais um elemento no desgaste entre o presidente da CBF e seus filiados que está em curso.
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Reportagem
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