Candidatos armam guerra para inviabilizar chapas na eleição da CBF
As articulações políticas para a eleição da presidência da Confederação Brasileira de Futebol seguem agitando os bastidores de federações e clubes sem dar folga no recesso de fim de ano. Há uma guerra de articulações ocorrendo quase que 24 horas por dia e sete dias por semana.
O trabalho nas duas chapas é para inviabilizar a candidatura do oponente antes mesmo de passar pelo filtro. Explica-se: para lançar uma chapa, o estatuto da CBF prevê que o candidato precisa ter apoio de pelo menos oito federações e cinco clubes.
Do lado de Flávio Zveiter, Ednaldo Rodrigues e Gustavo Feijó, a aposta é conseguir o apoio de 20 das 27 federações, o que inviabilizaria qualquer adversário, uma vez que restariam apenas sete contrárias. Para isso, eles contam com o apoio de Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero.
Os ex-presidentes da CBF, apesar de banidos do futebol pela Fifa, ligam diariamente para cartolas em busca de apoio, inclusive entre os clubes. Eles querem continuar com influência na CBF e acreditam que essa é a única maneira de isso acontecer. O principal objetivo do momento é conseguir o apoio da federação do Acre, que hoje é oposição a eles.
Enquanto isso, Reinaldo Carneiro Bastos já lançou até manifesto contando com o apoio de oito federações estaduais, incluindo a do Acre. Os aliados do presidente da Federação Paulista de Futebol acreditam que ele terá até 15 votos de federações, mas algumas delas não quiseram se comprometer publicamente.
Além disso, Reinaldo também teve o apoio de 30 dos 40 clubes das séries A e B. E é aí que mora a tentativa de inviabilizar a chapa adversária. Eles entendem que podem conseguir mais seis clubes apoiando, entre eles o Red Bull Bragantino, que é muito próximo ao grupo, mas não assinou o manifesto.
Na leitura do grupo, há apenas três times que não vão apoiar Reinaldo de maneira alguma, entre eles o Flamengo.
A eleição da CBF ainda não tem data para acontecer e também é ameaçada pela Fifa e pela Conmebol, que já manifestaram discordância pela resolução da Justiça Comum de tirar Ednaldo do cargo e colocar um interventor.
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