Por que a torcida do Palmeiras se encantou com Aníbal Moreno?
Aníbal Moreno já tem mais apelidos do que número de jogos pelo Palmeiras. Depois de fazer uma ótima apresentação ontem (24) na vitória contra a Inter de Limeira, o argentino virou assunto mais comentado no Twitter, foi alvo de posts no Instagram do Alviverde e se viu elogiado de Abel Ferreira e companheiros de time. Mas, afinal, por quê?
Há uma explicação mais lúdica e outra mais objetiva. Comecemos no mais fácil de explicar, usando como base as estatísticas divulgadas pelo Sofascore: o ex-jogador do Racing foi o que mais recuperou bolas no jogo, o que mais ganhou duelos, o que mais desarmou, o que mais interceptou e ainda teve uma taxa de acerto de passes de 84%. A impressão era que ele estava em todos os lugares do campo.
Abel Ferreira falou dessa parte na coletiva. Disse que Aníbal lembrava as características de Danilo, vendido ao Nottingham Forest, mas conseguia ser mais caçador do que a Cria da Academia. Daí os apelidos Aníbal Lecter, Hannibal Moreno, Canibal Moreno e Animal Moreno.
A comparação com Danilo, explica a outra parte da empolgação por Aníbal. Desde a saída do atleta, o palmeirense se viu carente de um camisa 5. Abel Ferreira relatou essa dificuldade à diretoria, o time foi atrás de reforços desde janeiro de 2023, mas não chegou a acordo com ninguém.
Aí a temporada foi passando, Zé Rafael se adaptou muito bem à função e terminou a temporada como o símbolo do time no ano. A excelente fase do Trem mascarou, mas não fez o torcedor esquecer dessa carência.
Me llamo Moreno, Aníbal Moreno! #AvantiPalestra pic.twitter.com/FwlpshL9bC
-- SE Palmeiras (@Palmeiras) January 25, 2024
Por isso, o Palmeiras insistiu e conseguiu baixar a pedida do Racing por Aníbal de 10 milhões de euros para 7 milhões de euros. Foi quase uma retratação histórica. E aí entra o ingrediente final para essa paixão alviverde coletiva: mesmo com tantos títulos acumulados nos últimos anos, o palmeirense tem sentido falta de reforços de peso no mercado da bola.
Com Aníbal dando certo, o palmeirense consegue esquecer, pelo menos por enquanto, a atuação mais conservadora de Anderson Barros e companhia na janela. Mas não dá para esperar essa folga por muito tempo: no meio do ano, Endrick vai embora, e a cobrança vai voltar em dobro.
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