Em um lance, Fla ilumina clássico chato e mostra o que seu torcedor espera
De La Cruz resistiu à pressão, carregou a bola por alguns segundos e achou seu compatriota De Arrascaeta. De calcanhar, o uruguaio passou para Pedro, que não quis ficar atrás e deu novo toque de calcanhar, desta vez, para Everton Cebolinha. O atacante chutou, contou com a colaboração de Fábio, é verdade, e fez o 2 a 0 do Flamengo em cima do Fluminense. Foi um golaço!
O lance resume o motivo de a torcida flamenguista esperar tanto para 2024. O que já era um super elenco no ano passado ficou ainda melhor para esta temporada e a expectativa é tão alta que não existe paciência. O torcedor quer ver em todo jogo o que viu em alguns segundos nessa tabela.
Coloque nesta equação a sombra que nunca foi esquecida de Jorge Jesus e seu super ano de 2019 e a enorme frustração pelo horrível 2023 do flamenguista. Com isso, podemos entender atitudes às vezes estranhas, como as vaias a Pedro, mesmo sendo artilheiro do time no ano.
Tirando essa bonita tabela que teve a colaboração de Fábio, o jogo entre Flamengo e Fluminense ficou muito abaixo da expectativa e foi digno de uma soneca no sofá depois do almoço de domingo. A maioria rubro-negra no Maracanã certamente aplaudiria a vitória no clássico, mas voltaria para casa com a expectativa de ver coisas melhores.
Do outro lado, os tricolores tentarão minimizar o prejuízo de olho na Recopa no meio da semana. A verdade é que a equipe de Fernando Diniz foi ligeiramente melhor no primeiro tempo, com um gol anulado e uma chance de ter feito 1 a 0 em cobrança de falta defendida por Rossi, mas também deixou a desejar.
No segundo tempo, um bate-rebate da zaga fez a bola sobrar nos pés de Ayrton Lucas. O lateral foi esperto ao usar o corpo para proteger, chutou cruzado e achou Pedro para fazer o 1 a 0. O resultado era o suficiente para somar três pontos, mas não para encantar. O golaço do 2 a 0 foi o necessário para aplausos, mas também serve de explicação do porque os flamenguistas estão tão exigentes. Esse time pode mais.
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Opinião
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