Danilo Lavieri

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Dorival acertou no time base, mas errou no elenco da seleção brasileira

Dorival Júnior tem muito mais acertos do que erros na sua primeira convocação da seleção brasileira. A lista é, em geral, muito boa e formará um time titular competitivo para enfrentar Espanha e Inglaterra nos amistosos e poderia enfrentar qualquer outro time de igual para igual. Não é para qualquer ter Rodrygo e Vini Jr no ataque.

Imagino um time com Ederson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Wendell; Casemiro, Bruno Guimarães, e Paquetá; Martinelli, Rodrygo e Vini Jr. Uma outra alternativa seria tirar Martinelli e colocar Rodrygo atuando mais centralizado, com uma dupla de ataque com Vini e Endrick. É um time bem competitivo. Estou curioso para observar como Savinho vai se comportar neste ambiente.

Mas na hora de compor o elenco, dá para apontar alguns erros do novo técnico. Talvez por excesso de gratidão, ele chamou Rafael e Pablo Maia. O primeiro é um bom goleiro, conseguiu acabar com os problemas que o São Paulo enfrentou por anos desde a saída de Rogério Ceni, mas não chegou no nível da Amarelinha. Se quisesse presentear um atleta do futebol nacional, poderia ter escolhido Léo Jardim, do Vasco, já que Weverton, do Palmeiras, vive fase conturbada.

A questão do Pablo Maia é mais ampla. Além de não achar que ele tem nível para seleção, o são-paulino chega para ser o último reserva de uma posição que tem vários nomes. Enquanto isso, faltam meias criativos. Só temos Paquetá e Andreas Pereira e cinco volantes. Ainda que pense em improvisar Rodrygo como armador, Dorival poderia, então, ter chamado Zé Rafael, que é bem mais completo do que Pablo Maia. Mas, repito, não chamaria nenhum dos dois e, sim, um meia criativo.

Murilo, do Palmeiras, fez um excelente Brasileirão no ano passado, mas também não está na sua melhor fase. Seu quase xará, o Murillo, ex-Corinthians e hoje no Nottingham Forest, vive fase bem melhor e poderia ter sido lembrado. Beraldo é um acerto grande. A revelação são-paulina, hoje no PSG, joga muita bola.

Também não convocaria Ayrton Lucas, que provavelmente vai virar reserva do Flamengo com a chegada de Viña. Se quisesse apostar em um lateral do futebol nacional, o nome seria o de Guilherme Arana, que também não está nos seus melhores momentos, mas já provou ser muito mais jogador do que Ayrton Lucas.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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