Donos de cadeiras no Allianz Parque preparam ação coletiva contra WTorre
Centenas de proprietários de cadeiras do programa Passaporte, donos de camarote e até de restaurantes começaram a se unir para uma cobrança coletiva contra a WTorre pela falta de jogos do Palmeiras no Allianz Parque.
Além do prejuízo esportivo já bastante reclamado pelo Alviverde, a construtora agora é acusada de prejudicar quem coloca dinheiro diretamente nas propriedades que pertencem a ela. A coluna entrou em contato com a empresa, mas ainda não obteve resposta.
A união dos interessados está sendo feita por meio de um grupo de WhatsApp e contando com sugestões de especialistas. Há os que defendam uma ação na Justiça, incluindo a cobrança de danos morais, enquanto há os que afirmam que o melhor caminho é conversar com a WTorre em busca de um prolongamento de contrato, compensando as perdas que já aconteceram em 2024.
Vários deles já entraram em contato com a empresa de forma individual, mas não conseguiram respostas que consideram satisfatórias. A expectativa é que de forma coletiva a resposta seja mais célere.
No caso do pacote Passaporte, por exemplo, torcedores pagam um valor fixo anual para ter direito a cadeira reservada em todos os jogos do time no ano. Só nesta temporada, já são quatro jogos disputados em Barueri, além do que está marcado para este sábado, pelas quartas de final do Paulista, contra a Ponte Preta.
A cobrança fica ainda mais forte quando os torcedores pensam na possibilidade de perder a semifinal caso o Palmeiras vença o confronto contra o time de Campinas. Até por isso, a promessa da WTorre é que o gramado estará pronto até lá.
A situação é bem parecida no caso de camarotes, com a diferença que, na maioria das vezes, o proprietário é uma empresa que normalmente usa o espaço para relacionamento com clientes. Ainda assim, esses espaços perdem o principal atrativo sem jogos do Palmeiras por lá.
Por fim, ainda há casos de restaurantes que reclamam da queda de movimento. Os locais ficam abertos normalmente durante a semana, mas defendem que é em dia de jogo do Palmeiras em que o faturamento é maior. Alguns deles já precisaram até dispensar funcionários temporários pela queda nas receitas.
No caso do Espaço Mirante e do Camarote FanZone, por exemplo, em dias de jogos um evento é organizado com festas que começam duas horas antes do jogo e terminam duas hora depois de a bola rolar, com ingressos que ultrapassam R$ 1 mil por pessoa.
Também há empresas que compram cadeiras desses locais para o relacionamento com clientes e que, no momento, não têm retorno do seu investimento.
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