Danilo Lavieri

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ReportagemEsporte

Palmeiras usa concorrência para vender Estêvão por valor maior do que multa

O Palmeiras conversa diariamente com o Chelsea para acertar a transferência de Estêvão e tem alguns pontos centrais na negociação: o valor mínimo garantido e o prazo para a saída do jovem que hoje tem 17 anos.

O time inglês quer acelerar o acerto com receio da concorrência e oferece um modelo onde pode pagar até mais do que a multa como atrativo para fechar o negócio agora. Barcelona, Arsenal, PSG, City e outros gigantes europeus também mantêm contato com o Alviverde. Tudo indica que o pedido de Abel Ferreira pela permanência dele até 2027 será em vão, até porque o jogador, sua família e seu empresário também querem o negócio.

Como já mostraram meus colegas de UOL Bruno Andrade e André Hernan, o modelo é parecido com o feito na venda de Endrick para o Real Madrid. O time inglês sinalizou com um valor fixo de pelo menos 30 milhões (R$ 164 milhões) e mais um valor por metas que faria o total ficar entre 55 e 60 milhões de euros, quase R$ 330 milhões. O Verdão tenta aumentar esse fixo.

Esse é o primeiro grande ponto de debate. A ideia é colocar em contrato metas absolutamente fáceis de serem atingidas até os 45 milhões de euros, o que representa cerca de R$ 245 milhões. Só de entrar em campo ele já estaria batendo a meta. Além disso, haverá uma trava para o Chelsea não conseguir driblar o Verdão com uma possível revenda e evitando o pagamento desses bônus.

A partir dos 45 milhões de euros, as metas passariam a ser mais rigorosas, com número de gols, participações em campeonatos continentais, convocações pela seleção e outros detalhes que ainda estão sendo tratados sob sigilo.

As metas ajudam não só o Chelsea a ter mais segurança sobre o jovem vingar, mas também servem como uma forma de respeitar normas do fair play financeiro na Premier League. Os gastos são diluídos ao longo das temporadas e apresentados de uma forma diferente do que em uma negociação apenas com valores fixos.

É justamente por isso que o time inglês não apresenta logo uma proposta para pagar a multa rescisória, que é de 45 milhões de euros e não de 60 milhões de euros como já chegou a replicar esse colunista após reportagens da imprensa europeia. Neste caso, o pagamento precisaria ser feito à vista.

Além de não querer pagar à vista, o Chelsea entende ser um atrativo oferecer um valor superior a multa para vencer a concorrência de outros europeus. No momento, ninguém apresentou nada melhor.

Por fim, o prazo de saída também é tratado como fundamental. O Palmeiras gostaria de segurar o jovem até o fim de 2025. Ele teria condições de sair quando completar 18 anos, em abril do ano que vem, mas precisaria esperar a janela abrir para ser registrado. Por isso, sua permanência pelo menos até o fim do Mundial de Clubes no ano que vem é dada como certa.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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