Como funciona sistema que detectou suposta fraude feita por Lucas Paquetá
Lucas Paquetá foi formalmente acusado hoje (23) pela Federação Inglesa de estar no centro de uma fraude de apostas esportivas em pelo menos quatro jogos. O sistema que suspeitou do esquema funciona em todo mundo, inclusive em parcerias feitas também no Brasil com a CBF e com a Federação Paulista de Futebol e também é contratado pelas próprias bets.
A luz amarela é ligada quando o volume de apostas é muito alto em uma determinada situação. Neste caso, a casa em questão notou que muito dinheiro foi colocado em uma aposta com o cartão amarelo sendo recebido por Paquetá.
O sistema emite um alerta e o jogo passa a ser acompanhado de perto por especialistas. O lance se concretizou e aí as investigações são aprofundadas. Foi indicado que o volume alto de apostas vinha justamente da região da Ilha de Paquetá, onde o atleta nasceu. Posteriormente, ficou constatado que os apostadores tinham relação com o meio-campista. Ainda houve o alerta de que a aposta foi feita em combinação com Luiz Henrique, na época no Bétis e hoje no Botafogo.
Com tudo isso em mãos, as casas de apostas e/ou as empresas especializadas em investigações podem entregar o material para as autoridades locais para que o processo continue.
Vale ressaltar que esse monitoramento é totalmente diferente do usado pela Goodgame, empresa usada por John Textor para fazer acusações. No caso do dono da SAF do Botafogo, as análises são feitas em cima do comportamento de atletas e não cruzam dados com volumes de apostas.
Esse sistema que monitora volume de apostas inicia investigações rotineiramente em divisões inferiores de estaduais pelo Brasil e monitora o volume de apostas vindo do mundo todo, uma vez que os quem fraudam podem estar em qualquer lugar.
Por enquanto, apesar da acusação, Paquetá ainda pode jogar futebol normalmente, inclusive pela seleção brasileira. O atleta tem até o dia 3 de junho para se defender e já emitiu comunicado alegando inocência.
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