Dudu quer ficar, mas Palmeiras e Cruzeiro pensam em manter transferência
Depois do treino da manhã deste domingo (16), Dudu, Abel Ferreira e Anderson Barros vão se reunir para selar o destino do atacante do Palmeiras. No momento, a ideia da diretoria alviverde é manter o negócio que foi acordado nos últimos dias, mas não totalmente assinado com o Cruzeiro.
Dudu, por sua vez, pensa em desistir do acerto que havia encaminhado e que ele mesmo havia ido atrás para acontecer. O atacante teve a certeza que sair era o melhor caminho no meio da semana, mas, com a repercussão do caso, já não sabe se vai tomar essa decisão. Resta saber o que a diretoria palmeirense vai pensar sobre a mudança de ideia do jogador.
Tudo começou na última quarta-feira (12). Foi nesse dia que André Cury, empresário do jogador, se reuniu com o Palmeiras para tratar de outros dois negócios: a venda de Estêvão para o Chelsea e a compra do Maurício, do Inter.
Depois de deixar as duas situações encaminhadas, ele chamou Dudu, se reuniu com Anderson Barros e expressou o desejo do jogador de sair. O atacante entendia que não será utilizado como gostaria e disse que não se sentia tão desejado no clube que defende desde 2015. O diretor palmeirense disse que entendia a situação, pediu que uma proposta fosse formalizada em papel e que a situação seria analisada.
Foi aí que Cury e Dudu ligaram para o Cruzeiro. A recepção em Belo Horizonte foi positiva, mas tanto Alexandre Mattos, CEO do clube mineiro, quanto Pedrinho, dono da SAF celeste, entendiam que era melhor que o negócio fosse feito para 2025, ainda mais com o Verdão vivendo ano eleitoral. A saída do ídolo poderia atrapalhar a campanha de Leila Pereira.
Cury e Dudu insistiram para que o negócio fosse feito. Na quinta-feira (13), antes do jogo do Vasco, Leila Pereira e Pedrinho conversaram em uma ligação conjunta com Alexandre Mattos. Na conversa, os três entenderam que o jogador gostaria de ir para Belo Horizonte e o negócio começou a sair das conversas e ir para o papel. A presidente palmeirense disse que tinha conhecimento da situação após conversar com Anderson e Abel.
Nesse dia, o jogador ficou no banco de reservas e ouviu o treinador falar na coletiva de imprensa que o próprio atleta não se sentia confortável para jogar. Era a primeira vez depois de dez meses que ele estava relacionado.
Na manhã sexta-feira (14), o atleta teve a certeza que queria sair. Às 22h, o acordo estava encaminhado nos termos financeiros. O Cruzeiro tinha se acertado com o Palmeiras e com Dudu. O time de Minas faria o pagamento parcelado para os paulistas e ofereceu um contrato de três anos e meio para o jogador, com prorrogação automática em caso de metas alcançadas na última temporada.
No sábado de manhã, o Palmeiras já tinha dado o aceite da proposta, mas ainda não tinha iniciado o contrato de transferência. Dudu e seu empresário deram o 'ok' para os últimos detalhes do contato por volta das 15h em conversa no WhatsApp. Pouco antes disso, chegou até a se despedir de algumas pessoas na Academia de Futebol.
O contrato foi enviado para o email de Dudu para que ele assinasse virtualmente o acordo, mas isso nunca aconteceu. Ainda assim, com o 'ok virtual' do jogador, do empresário e do advogado, o Cruzeiro decidiu anunciar nas suas redes sociais a transferência. Alexandre Mattos também fez isso, mas, pouco depois, apagou.
Assim que a notícia foi divulgada, o Palmeiras se apressou em comunicar que ainda não tinha todas as etapas burocráticas cumpridas. O atacante também passou a negar que tinha assinado o contrato final.
Enquanto isso, o Cruzeiro se sentia seguro com todas as conversas e o "ok" que tinha por parte do Palmeiras, do jogador e de seus representantes.
Dudu, então, passou a ser pressionado por pessoas próximas, por alguns torcedores e por membros da torcida organizada. Recebeu alguns deles em sua casa e manifestou que não tinha mais certeza do que faria.
A reunião na casa do jogador durou até a madrugada. De lá, o Cruzeiro foi informado sobre a incerteza do atacante, mas manteve a proposta de pé. As próximas horas vão definir o futuro do jogador.
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