Danilo Lavieri

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ReportagemEsporte

Estratégia do Palmeiras para ter Gabigol esbarra em rivalidade com Flamengo

A estratégia de momento do Palmeiras para ter Gabigol é de deixar o tempo fazer o Flamengo resolver liberar o atacante. O clube paulista não quer gastar dinheiro para tirar um jogador que está a seis meses do fim do seu contrato e que ainda pode voltar a ser suspenso por conta de uma polêmica no antidoping. O entendimento é que a calma é mandatória.

Enquanto isso, a concorrência pelo atleta vai se esvaziando. O Cruzeiro já pulou do barco, o Santos já foi descartado e não há mais ninguém no Brasil que esteja fazendo planos de verdade pelo atacante. As propostas de mercado periférico podem até chegar, mas não serão aceitas pelo jogador. Ele agora entende que está com o poder de decisão nas mãos. Na pior das hipóteses, ficaria seis meses treinando pensando em 2025.

A questão é que a ideia de Leila Pereira, Anderson Barros e companhia esbarra na rivalidade com o time carioca. Se não são rivais históricos, os dois são os principais protagonistas do último ano do futebol brasileiro, com direito a provocações diretas entre eles.

Em ano de eleição, a atual gestão rubro-negra sabe o impacto que pode ter perder o principal jogador dessa geração para seu principal concorrente. Apesar de o diagnóstico da comissão e da diretoria ser que Gabigol não vai mais produzir em alto nível na Gávea, o receio existe.

É por isso que o Flamengo considera continuar pagando os altos vencimentos do atleta mesmo que ele não entre mais em campo. É também por isso que a diretoria ofereceu uma renovação que já sabia que seria recusada pelo atleta. A ideia é falar: "Nós tentamos, mas ele não quis".

No Palmeiras, Gabigol não é unanimidade no corpo diretivo, mas a aprovação de Abel Ferreira faz o clube trabalhar por isso. Se o técnico dá o aval e entende que vai controlar o jogador, a diretoria dá o aviso que tem dinheiro para bancar a chegada do atleta.

Ao mesmo tempo, Leila também sabe que o impacto da contratação pode jogar a seu favor. Ele é o terceiro atacante flamenguista que o Palmeiras tenta contratar: Bruno Henrique e Pedro já estiveram na mesa alviverde.

Reportagem

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