Danilo Lavieri

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Vice do Inter lembra incertezas após enchentes e celebra volta ao Beira-Rio

A volta do Internacional ao Beira-Rio neste domingo marca o recomeço de uma equipe que ficou por alguns momentos sem saber qual seria o seu rumo em 2024. Diante do Vasco, o Colorado volta a mandar uma partida em sua casa pela primeira vez desde as enchentes que atingiram Porto Alegre e várias outras cidades do Estado.

Em entrevista à coluna, o vice-presidente do Inter, Victor Grunberg, fez questão de exaltar o trabalho feito não só pela direção, mas especialmente por todos os funcionários que se mobilizaram para viabilizar o retorno.

Vale lembrar que o gramado ficou submerso, com a água tendo danificado os vestiários, banheiros, departamento médico, equipamentos e até mesmo a parte estrutural do estádio. O último jogo por lá foi no dia 28 de abril, no empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, ainda pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro

"Os funcionários foram excelentes e tiveram uma participação que, sem a ajuda deles, não aconteceria esse retorno. Mas é necessário agradecer e enaltecer outros personagens importantes, como os responsáveis pelo Comitê de Crise e todos aqueles que prestaram algum tipo de solidariedade", afirma.

"O nosso primeiro objetivo naquele momento era salvar vidas, essa era nossa preocupação. Nós ajudamos todos os nossos funcionários que sofreram e perderam tudo com as enchentes. Num segundo momento, partimos para a retomada do Beira-Rio, e muitos desses mesmos funcionários estavam lá para colocar a casa em ordem", completou.

Grunberg revela que muitas foram as etapas desta reconstrução - passando inclusive pelos cuidados com o patrimônio durante as semanas em que o estádio ficou fechado, e que a parte mais difícil de ser recuperada era a de tecnologia.

"O esforço foi mútuo de todos os departamento: administração, patrimônio, operações e segurança. Tínhamos que cuidar do nosso patrimônio no período de inatividade, e ao mesmo montar uma força-tarefa para resolver o problema de limpeza, a compra de imóveis, a recuperação das bombas, a parte elétrica. O que tivemos de mais afetado foi a parte de tecnologia, pois eram muitos cabeamentos subterrâneos, suítes, hubs. São coisas que a gente está acostumado no nosso dia-a-dia de escritório, só que neste caso estamos falando de peças muito maiores", explica.

Empresas como a TUV, grupo alemão voltado para gerenciamento de crise, que também auxilia na retomada no Aeroporto Salgado Filho, e a Switch, especialista em tecnologia, foram fundamentais.

Desde a tragédia, o Colorado jogou em diferentes estados e estádios, entre eles, Arena Barueri, em São Paulo, Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, Heriberto Hülse, em Criciúma, e Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

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"Acredito que será um momento de emoção para todos nós, pois este retorno não representa apenas só um jogo, ele vai muito além disso. Assim como convivemos com muito sofrimento na época mais aguda da Covid-19, agora também será uma retomada, que passou pelo esforço de centenas de mãos aguerridas, com o esforço e o amor de pessoas abnegadas, que trabalharam dia e noite para que o Beira-Rio voltasse a ter uma partida na metade do prazo previsto. Será um momento de emoção", finalizou.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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