Danilo Lavieri

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ReportagemEsporte

Colômbia é única capaz de desafiar idolatria por Messi em sua casa nos EUA

Lionel Messi deu o azar de enfrentar a única seleção que tem a possibilidade de desafiar o sentimento de jogar uma final de Copa América em casa. Ao entrar em campo hoje (14) para enfrentar a Colômbia, o argentino certamente vai ver o Hard Rock Stadium dividido, coisa que não aconteceria enfrentando nenhuma outra nação sul-americana.

Os colombianos foram maioria em todos os estádios que estiveram até aqui na competição e só não vão ser de novo neste domingo porque Miami é um templo dedicado a Messi. Não só por causa dos milhares de argentinos que vivem na Flórida e dos outros milhares que viajaram até aqui pela competição, mas também pelo ambiente criado na cidade desde a chegada do astro.

Em um passeio rápido por Miami, você vê Lionel Messi em absolutamente todos os lugares, mesmo que o espaço não tenha relação nenhuma com futebol. Em Wynwood, por exemplo, há um mural gigantesco com o rosto do argentino no centro do bairro famoso pelos grafites.

No supermercado, o argentino estrela campanha de diferentes marcas. No outlet, ele está em todo lugar. Seja nos telões de propaganda, nos tokens para fazer propaganda do seu museu ou nas camisas vendidas nas lojas de material esportivo. Os uniformes do Inter Miami e da Argentina com o nome do astro atrás estão sempre na frente das vitrines, misturando o rosa do time da MLS com o azul e branco da seleção.

Em um galpão próximo de uma luxosa marina, está também a Messi Experience. É uma espécie de museu do jogador onde você pode dar uma volta pela carreira, ouvir o icônico discurso dele antes da vitória na final da Copa América de 2021 e até dar um passeio virtual pelo Obelisco em Buenos Aires após a conquista da Copa do Mundo de 2022.

Messi é o embaixador da intenção do Turismo de Miami de expandir o turismo esportivo. Além do futebol, a cidade ainda tem Fórmula 1, tênis, baseball, UFC, boxe, basquete, golfe e várias outras atividades que podem atrair os fanáticos por esportes. Claro que ele também ganha muito dinheiro com isso. Ele tem mais de dez patrocinadores, entre eles gigantes como a Mastercard, a Apple e a Adidas.

Em dias normais, Messi sairia de sua casa e veria a cidade toda com seu rosto. A questão é que nesses dias que antecedem a final da Copa América ele também veria muito o amarelo dos uniformes colombianos.

Em dias normais, esses colombianos que têm supermercados, restaurantes e até cabeleireiros personalizados com as cores da bandeira estariam apoiando Messi, mas não é o caso de agora com os dois na final da competição.

Reportagem

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