Danilo Lavieri

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Zubeldía bate recorde de Abel Ferreira na chatice e na falta de educação

Quem pesquisou um pouco da carreira de Zubeldía antes da chegada dele ao São Paulo já sabia que Abel Ferreira ganharia um grande concorrente para os chiliques à beira do gramado. O que não dava para esperar era que, tão rapidamente, o argentino já pudesse superar o português.

O cartão que o são-paulino tomou ontem contra o Juventude foi o 10º amarelo em 19 jogos desde a sua chegada ao Brasil. A conta ainda sobe com o cartão vermelho. Ele vai ser desfalque do time contra o Botafogo na próxima quarta-feira, cumprindo a sua terceira suspensão no Brasileirão.

Sabe quantos jogos Abel Ferreira levou até tomar os mesmos dez amarelos? 51! Quando o português chegou a essa marca tratada como estarrecedora na época, ele já era campeão da Copa do Brasil e da Libertadores.

Zubeldía já chutou copo, microfone, já dividiu bola com Pablo, do Athletico, já invadiu gramado, já foi deselegante com jornalista. Ele também tem auxiliares que se revezam na reclamação, que tomam cartões amarelos e vermelhos e que infernizam a vida do quarto árbitro e do bandeirinha. Tudo no melhor estilo Abel, mas em muito menos tempo.

A diferença, por enquanto, é que o nervosismo de Zubeldía parece ser repetido pelos atletas dentro de campo: Luciano, Calleri e Rafinha são exemplos disso. Com Abel Ferreira, a impressão é que ele concentrava as reclamações, com seus jogadores bem menos alvos de cartões pela conduta.

Os dois estão errados, os dois precisam melhoras e os dois conquistam a torcida por darem a impressão que representam um torcedor dentro de campo. Mas também é importante falar que os dois não são os primeiros e nem serão os últimos técnicos a passarem do ponto na beira do gramado. O Brasil não passa credibilidade.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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