Palmeiras não controla mais o jogo como se acostumou e sente falta disso
Dois ou três zagueiros. Dois ou três volantes. Três atacantes ou dois. Laterais defensivos ou pontas. O Palmeiras muda, muda e muda, mas não tem o controle que se acostumou a ter das partidas e sente muita falta disso.
Desde a chegada de Abel Ferreira, o Alviverde se acostumou a controlar seus adversários ou saber suportar a parte ruim e ser fatal nas poucas oportunidades que tinha. Tanto que na primeira leva de títulos a crítica era que faltava potência. Depois, a produção melhorou, o time passou a criar muito, mas mesmo quando desligava ou saía atrás, tinha a cabeça para buscar o resultado.
A música que dizia que Palmeiras era o time da virada e do amor não virou moda à toa. No ano passado, o time também teve a queda de produção que tem neste momento, mas conseguiu reagir a tempo de ser campeão do Brasileirão.
Agora, o Verdão passa de novo por um momento de muita instabilidade e não consegue mais controlar os jogos como antes fazia. Há várias maneiras de ler isso.
Os adversários agora já conhecem mais o Palmeiras. O time se recupera de lesões em jogadores importantes. Há outros que não se machucaram, mas perderam o seu melhor futebol. Cadê o futebol de Veiga, Gómez, Zé Rafael, Rony, Flaco? Por que Mayke tem tantos problemas físicos? Felipe Anderson estreou brilhando, mas caiu muito de produção.
No banco, a fase também não é das melhores. As decisões de Abel que sempre foram contestadas agora não trazem mais resultados e não dá para a torcida falar que ele tinha um plano.
Ainda assim, é cedo para cravar que o Palmeiras não tem chance de reverter. É certo que no jogo de volta o Verdão vai pressionar bastante o Botafogo. Mas antes de pensar nisso é importante vencer o São Paulo no domingo porque o sonho do tricampeonato consecutivo ainda é uma possibilidade.
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