Danilo Lavieri

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ReportagemEsporte

Decisão judicial pode mudar rumo de briga entre Scarpa, Mayke e Bigode

Uma decisão na 36ª Vara Cível de São Paulo pode mudar o rumo da confusão que já ficou famosa entre Gustavo Scarpa, Mayke, Willian Bigode e a briga por um suposto golpe envolvendo criptomoedas.

A juíza Paula da Rocha e Silva concedeu uma liminar publicada hoje (23) no Diário Oficial determinando que a exchange FTX informe se a XLand possui ativos financeiros alocados na empresa, determinando o bloqueio desde já de pouco mais de R$ 1,2 milhão.

A ação é movida por Loisy Marla Coelho Pires de Siqueira, esposa de Willian Bigode, e diz respeito apenas a uma parcial do valor total que tanto ela, quanto Bigode, Scarpa e Mayke perderam na operação.

A questão é que, no processo movido por Mayke contra a XLand, a empresa afirmou que a falência da FTX, que entrou com pedido de insolvência nos EUA em novembro de 2022, inviabilizou o resgate de criptoativos por conta da desativação da plataforma. Ou seja, se a XLand realmente tiver dinheiro alocado nessa empresa, há esperança na recuperação de pelo menos uma parte do total.

"Desde outrora já afirmávamos que este é um caminho a ser explorado do qual poderá render frutos que ultrapassarão os limites deste processo e repercutir de forma potencial diante de todos aqueles que ostentam prejuízos causados por contratos inadimplidos pela XLand, sobretudo, após a própria XLand ter afirmado de forma pública em processo judicial, que alocou todos os investimentos perante a FTX, que inclusive, se encontra em processo judicial avançado nos EUA para restituição dos seus respectivos credores", explicou o advogado de defesa de Bigode e sua mulher, Bruno Santana.

Antes dessa ação, o risco era a XLand receber a restituição dos valores que tinha investido na FTX sem reembolsar seus clientes. Na visão dele, isso agora não acontecerá mais.

Se a operação der certo, a ideia dele é que todos os outros prejudicados possam seguir o mesmo caminho para reaver o dinheiro perdido.

Scarpa e Mayke investiram, sob recomendação da empresa de Willian Bigode, com a promessa de um rendimento muito superior a qualquer rendimento convencional, mas, em 2022, começaram a suspeitar de golpe de pirâmide e entraram com ações na Justiça. Na negociação, um dos donos da empresa Xland Holding Ltda disse que tinha R$2,1 bilhões em pedras de alexandrita, um mineral caro e que muda de cor.

Reportagem

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