Seleção não tem organização e coletivo, mas Vini Jr precisa ser cobrado
É verdade que falta criação de jogada ofensiva. É verdade que falta aproximação de meias e laterais com pontas. É verdade que falta muito jogo coletivo na seleção brasileira. Mas não tem como não se assustar com o desempenho absolutamente abaixo da média de Vini Jr com a Amarelinha.
Candidato a melhor do mundo, ele errou praticamente tudo o que tentou nas duas partidas da seleção contra Equador e Paraguai. Foi um bom lance nos 180 minutos, ele chutou e parou em Gatito. E nada além disso. Não dá para ser intocável se continuar assim.
Um jogador desse nível precisa acertar jogadas individuais mesmo que não tenha um time arrumado. Ele não acerta nem o um contra um, que é uma jogada que ele depende bem menos do seus companheiros do que em qualquer outra situação. De novo: sim, a falta de jogo coletivo prejudica não só ele, mas também Bruno Guimarães, Paquetá, Rodrygo, Endrick...
Mas o desempenho abaixo do esperado de Vini já existia até mesmo quando Tite era o técnico e o trabalho coletivo nitidamente era muito melhor. O técnico, inclusive, era criticado por demorar a colocá-lo como titular.
Ele quer o rótulo de melhor do mundo e precisa entender que para isso ele precisa ser cobrado para ser o protagonista por onde passar e ser criticado ou elogiado porque todo mundo vai estar de olho nele.
É verdade que a seleção foi um cemitério dos bons jogadores, Endrick quase não tocou na bola, Rodrygo fez pouco, o meio-campo não tinha pegada... Mas, no segundo tempo, Luiz Henrique entrou nesse marasmo todo e já fez mais do que Vini. Não pode. Não para quem quer ser o melhor do mundo. E ele não pode ser intocável.
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