Saída da Crefisa pode significar fim de era vitoriosa do Palmeiras?
Leila Pereira anunciou ontem (23) que a Crefisa pode estar de saída do Palmeiras. Dez anos depois, a marca pode não aparecer no uniforme do clube a partir de 2025. A novidade voltou a gerar uma série de discussões e uma delas é que "o Verdão vai voltar para a Série B".
Há os que falam isso por brincadeira, mas também há os que acreditam piamente que o Alviverde só está neste patamar por conta do patrocínio. A má notícia para quem acredita de verdade é que a saída da Crefisa pode representar um ótimo sinal para o Palmeiras.
Hoje em dia, o Verdão recebe R$ 81 milhões por ano da empresa de Leila Pereira. Esse é o mesmo valor há três anos o que significa, na verdade, que o time de Palestra Itália deixou de ganhar dinheiro em relação aos seus concorrentes. Basta ver que o rótulo "camisa mais valiosa das Américas" não pode mais ser usado.
A decisão de assinar um contrato sem reajuste partiu de Maurício Galiotte e, na época, não foi tão comentada porque o Palmeiras estava no topo do ranking de patrocínios. O tempo passou, o valor congelou e outras equipes como Flamengo e Corinthians conseguiram acordos melhores. O São Paulo também encostou.
Agora, com a saída da Crefisa, o projetado é que o Palmeiras arrecade cerca de R$ 150 milhões com patrocinadores, ou seja, quase o dobro do que recebe hoje. Esse total ainda sobe com a renovação do acordo com a Puma, que vai pagar mais do que os R$ 40 milhões que pagava pelo acordo anterior.
A Crefisa tem, sim, um papel importantíssimo na vida do Alviverde. Pagou mais do que o mercado pagava lá atrás, mas nunca representou mais do que 15% do faturamento total do time. Essa foi uma relação de ganha-ganha.
O Palmeiras teve um valor que ninguém pagaria naquela época, mas a empresa nunca esteve tão famosa como é hoje, mesmo tendo investido por anos em programas mais famosos do país, como Fantástico, Jornal Nacional e Novela das 9.
É um ótimo sinal que Leila Pereira fique no Palmeiras apenas como presidente da equipe e não como dona da patrocinadora. É uma relação muito mais saudável e livre de conflito de interesses.
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