Danilo Lavieri

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OpiniãoEsporte

Grosseria de Artur Jorge merece respostas como a dada para Renato Gaúcho

Artur Jorge se perdeu completamente ontem (25) ao não permitir que um repórter fizesse a sua pergunta para Marlon Freitas sobre a parcial volta por cima do jogador que agora está classificado com o Botafogo para a semifinal da Libertadores.

O técnico português tem o direito de se incomodar com a pergunta, tem direito de eventualmente não responder (quando a pergunta for feita para ele) e precisa trabalhar para que isso não volte a ser pauta no vestiário, mas não pode interromper ninguém de fazer a pergunta.

Artur precisa entender que a insistência com o tema existe porque o jeito que o Botafogo perdeu o título o ano passado foi histórica e não vai ser esquecida enquanto o Alvinegro não ganhar um título grande para que ninguém mais lembre de 2023. A pergunta de ontem, aliás, era a chance para ele falar como está sendo passar por cima disso.

Marlon Freitas é o grande representante do atual time e que esteve no ano passado. O elenco foi completamente reformulado e hoje tem condições de ganhar dois títulos. Mas enquanto isso não acontecer todo mundo precisará conviver com esse fantasma. Quantas vezes não falamos de tabus históricos para técnicos e jogadores que às vezes em estavam vivos quando essa história foi feita?

Técnico de futebol tem todo o direito de não gostar de pergunta. Muitas vezes meus colegas de imprensa não se ajudam e a mistura de jornalistas e influenciadores ainda não foi 100% compreendida por vários técnicos. Entre eles, Abel Ferreira.

Mas grosserias como essa, as de Abel, de Mano Menezes, de Antônio Oliveira precisam de respostas como a dada por José Alberto Andrade, da Rádio Gaúcha, para Renato Gaúcho.

Quando um técnico faz ataques genéricos, ele coloca todo mundo no mesmo bolo. É como se um jornalista falasse de maneira genérica que todos técnicos têm esquemas com empresários. As respostas de Renato Gaúcho têm sido de um constante desrespeito com quem trabalha, toma chuva, faz dois ou três turnos e não chega nem perto dos fabulosos salários do futebol, como bem disse Zé Alberto.

Quando um jornalista fizer uma pergunta que falte com respeito, merece ouvir broncas, merece ser corrigido e tudo mais o que você pode pensar. Mas sempre com respeito. E isso não é corporativismo. É educação. Nenhum técnico tem que ENSINAR ou SUGERIR o que deve ser perguntado em uma coletiva.

Da próxima vez que Abel for grosseiro ou machista, que Renato Gaúcho for mal educado e que Artur Jorge quiser ensinar a fazer jornalismo, todos da sala deveriam se levantar e deixar a sala de coletiva.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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