Tonhão era o torcedor do Palmeiras no meio das estrelas da Parmalat
Tonhão era um torcedor do Palmeiras em campo em meio a um elenco absolutamente estrelado turbinado pela Parmalat no começo dos anos 1990. Marcado pelos carrinhos e uma vibração especial a cada desarme, ele tinha seu nome cantado com força pelas arquibancadas e é daquelas figuras que o futebol de hoje dificilmente construirá. Ele morreu hoje (22) aos 55 anos.
Símbolo da raça, o zagueiro nunca foi o nome mais badalado e muito menos o mais caro da companhia, mas sempre foi um dos mais identificados. Não é à toa que ele levou na pele a tatuagem com o símbolo do clube onde ele fez história ao disputar 161 jogos. Revelado pelo clube no fim dos anos 1980, ele foi conseguir espaço só em 1992, depois de rodar em empréstimos, mas nunca quis desistir do seu sonho.
Também não é para qualquer um conseguir destaque em meio a um elenco com nomes como Evair, Edmundo e Zinho. Na fatídica partida que tirou o Palmeiras da fila, nos 4 a 0 na final do Paulista de 1993, ele foi expulso de maneira injusta por uma cabeçada que não deu em Ronaldo Giovanelli.
Ele se recusou a ir para os vestiários após o vermelho e acompanhou ao restante do jogo até o apito final por um dos portão de acesso de ferro que tinha uma brecha e permitia visão do gramado.
Depois de deixar o Palmeiras, Tonhão ainda rodou por algumas equipes, mas só foi se sentir em casa depois quando voltou a representar o Alviverde no time de másters. Ele recebeu homenagens e, em entrevistas como a que concedeu no Podporco, nunca escondeu que acompanhava e sofria os jogos como o torcedor desde o segundo em que deixou o clube.
Descanse em paz, Tonhão. É difícil que os times construam ídolos como você hoje em dia.
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