Argentino quer aproveitar ausência de brasileiro na F1 para bombar em SP
Sensação do momento na Argentina, o piloto Franco Colapinto quer aproveitar a ausência de um brasileiro na Fórmula 1 para tentar conquistar o carinho dos fãs e das marcas. Ainda com futuro indefinido para a próxima temporada, ele adota o lema de viver um dia de cada vez.
Primeiro hermano a pilotar um carro depois de 23 anos, ele tem recebido muito apoio dos brasileiros no dia a dia em Interlagos e também atrai uma legião de compatriotas para as arquibancadas e para as coletivas de imprensa. As bandeiras da Argentina dominaram boa parte das grades da estrutura da etapa brasileira e até uma carreata na Avenida Paulista está sendo organizada por eles.
Há tempos o GP de São Paulo não tinha tantos repórteres argentinos como nos últimos dias. Há quem diga que ele divide as atenções com Lionel Messi no noticiário local, ainda mais agora com a prova sendo disputada no Brasil neste fim de semana.
Ele não perde a chance de acarinhar o público brasileiro. "Eu sempre me inspiro no Ayrton, pelo jeito agressivo de pilotar e por o que representa ter um sul-americano no topo da Fórmula 1. Todo mundo sabe o que custa para a gente chegar até lá", disse ele em um evento para alguns jornalistas convidados na última quinta-feira.
Na ocasião, Colapinto estava sendo apresentado como o novo garoto propaganda do Mercado Livre. Ele foi o ator principal de uma campanha que mostrava a rapidez das entregas da empresa, que ainda vai estampar o carro da Willians nas vans que fazem o delivery no país. A mesma ação já aconteceu na Cidade do México.
O esporte tem sido uma das armas do marketing da empresa, que inclui ações com o Flamengo, Libertadores, Sul-Americana e naming rights do Pacaembu. O argentino, agora, é a bola da vez.
"Eu vou agora aprender um pouco mais de português", disse ele aos risos quando perguntado sobre como conquistar o mercado brasileiro. "Mas, no final, eu sou o piloto mais perto do Brasil, então acho que a gente tem uma relação. Nesse tempo todo na Argentina, a gente tem muitas referências brasileiras, não só o Ayrton, mas o Barrichello e o Massa. É muito lindo estar aqui".
Aos 21 anos, ele assumiu o lugar do americano Logan Sargeant, demitido em agosto, e agora torce para conseguir uma vaga no ano que vem. O noticiário especializado especula que a Red Bull tem interesse nele.
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