Danilo Lavieri

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ReportagemEsporte

Oposição notifica Palmeiras e aponta 'uso da máquina' por Leila em eleição

A oposição do Palmeiras enviou uma notificação extrajudicial aos líderes do Conselho Deliberativo questionando o que pode ser definido como uso da máquina por Leila Pereira e sua chapa na eleição presidencial do clube.

O documento é assinado por Savério Orlandi, candidato à presidência, e seus quatro vices na chapa 200, a "Palmeiras Minha Vida é Você". Os destinatários são Alcyr Ramos e Maurício Alvez Camargo, presidente e vice do Conselho Deliberativo, respectivamente, e ambos apoiadores de Leila Pereira. Ela foi procurada para comentar o assunto, mas não se manifestou até a publicação da reportagem.

A oposição alega que, na última reunião do dia 15 de outubro, dia seguinte do filtro que aprovou as duas candidaturas, as regras para a campanha eleitoral foram impostas sem debate, o que caracterizaria falta de transparência e uso do poder por parte da situação.

"Na ausência de disposição estatutária para os fins de eleição, devem ser respeitados, pela Presidência do Conselho Deliberativo, a quem tem a atribuição de definir regras igualitárias para o certame eleitoral, o melhor interesse de todo o corpo social e, evidentemente, as regras jurídicas democráticas, consignadas, inclusive, na Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597), notadamente em seu artigo 36, X, 'a'", afirma o documento.

A notificação ainda aponta que foram definidos valores excessivos para uso das instalações do clube, como os R$ 100 mil para o aluguel do ginásio, R$ 50 mil para montagem de stands e R$ 10 mil para o aluguel de restaurantes. Não houve debate para a explicação dos respectivos preços.

O documento vai além. E diz que fica evidente o uso da máquina quando há o pedido de votos para a chapa da situação no discurso de abertura das Olimpíadas do Clube Social, além do uso de recursos da TV Palmeiras para a produção do material da situação, além da junção da página pessoal de Leila nas redes sociais e o perfil oficial do Palmeiras.

"Fomos convocados às pressas para uma reunião na manhã de 15 de outubro, dia seguinte à votação do filtro no Conselho Deliberativo, e o que encontramos foram regras impostas, sem espaço para debate. Eles nos prometeram o envio da ata para aprovação, mas já se passaram duas semanas e ela nunca chegou. Cobramos até por e-mail e sequer nos responderam. Estamos tolhidos de fazer uma campanha no clube da mesma forma que a outra chapa. Até agora não sabemos os custos corretos do estande. Se fosse uma eleição com regras mínimas e essenciais aplicáveis a qualquer pleito, Leila teria sua candidatura questionada", disse Savério Orlandi à coluna.

"Não podemos aceitar um processo eleitoral que não respeite os princípios básicos de igualdade e transparência. Solicitamos na Notificação a suspensão das atividades de campanha da chapa adversária até que um consenso seja estabelecido. O Palmeiras é maior do que interesses individuais. O maior interessado da eleição não é o Savério ou a Leila, é o sócio e o torcedor do Palmeiras. Se a ele não é permitido ter acesso as propostas de uma das chapas, o processo está comprometido. Ou recebemos as regras eleitorais definidas, ou vamos buscar a defesa dos nossos direitos até que se normalize. É obrigação do presidente do Conselho Deliberativo e ele não está fazendo seu trabalho", completou.

O documento pede esclarecimentos sobre o processo para a definição das regras eleitorais, a suspensão da campanha da chapa da situação dentro do clube e o uso de eventos internos com pedidos de votos para o grupo que está no comando.

Reportagem

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